Uma denúncia que me chegou pelo correio eletrônico ontem à noite, via Rede Mulher e Mídia, e que li um pouco antes de me recolher, me fez perder o sono. Pior, acordei com sentimento de culpa por não ter divulgado, incontinenti, a notícia. Afinal, de vida se trata, e um segundo é suficiente para se continuar viva ou morrer.
(E o dia amanheceu me atropelando, e só agora pude chegar ao computador – e minha ferramenta está dando piti…)
Infelizmente, é mais uma história de violência contra a mulher, de machismo travestido em poder e crueldade. Mais uma história de mulher que busca a proteção do Estado – e a Lei Maria da Penha é muito clara a respeito -, e é deixada à própria sorte. A história acontece na Bahia, e foi publicada no blogue Macaúbas On Off. Transcrevo tal e qual me chegou:
EXIJIMOS RESPEITO E CUMPRIMENTO À LEI MARIA DA PENHA ! CHEGA DE CHORAR NOSSAS MORTES!

Companheiros e companheiras amigos, e colegas jornalistas e radialistas, recebi esta denúncia hoje da própria vítima, que me pediu ajuda como jornalista. Rosemere de Souza Malheiro é funcionária do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Paramirim, mãe de 3 filhos, já registrou 10 Boletins de Ocorrência na Polícia Civil da cidade contra seu ex-marido Weliton Malheiro, advogado, que está tentando lhe matar.
No último domingo, dia 04 de setembro, ele tentou lhe matar, mais uma vez, jogando seu carro contra a moto, atropelando, ela e o moto taxi, que seguiam andando nas ruas. Rosemere teve escoriações e machucou o rosto, como as fotos comprovam, em anexo. Não tendo mais a quem recorrer, decidiu pedir ajuda para denunciar mais um ato de violência contra às mulheres. Por isso estou repassando esta denúncia para que atos como este não se torne o prenúncio de mais uma morte anunciada.
Como mulher estou indignada e solidária com Rosemere; e como jornalista cumpro o papel social de divulgar, amplamente, para que as autoridades policias da cidade, do Ministério Público, do Judiciário, da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Bahia, não permitam que mais uma mulher seja “abatida”, literalmente abatida, sem que ninguém impeça este absurdo. Por isso recorro e peço ajuda na divulgação aos meus amigos e amigas, colegas jornalistas e radialistas.
Abraço fraterno a todos.
Kardé Mourão – Jornalista MTE/SRTE-BA946
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