Por Sulamita Esteliam
Por ser histórica, transcrevo matéria do Correio do Brasil sobre a entrevista coletiva da dupla presidencial: Lula, presidente da República, e Dilma, a sucessora eleita. A íntegra da entrevista de Dilma Roussef, você lê aqui e a fala do presidente está aqui.
Busquei as transcrições no Estadão.com.br, o jornal que demitiu a colunista Maria Rita Kheil, logo após o primeiro turno das eleições, por ela defender o direito do andar de baixo votar conforme os próprios interesses. Clique aqui para ler Taeco Carignato, neste blogue. Ah, sim, justiça seja feita, também o único veículo da velha mídia que declarou, em editorial, seu apoio à candidatura do Zé.
Clique para ler texto de Ricardo Kotcho sobre as especulações pós-eleitorais da mídia, e sobre o papel de Dilma e da oposição, psotado em seu Balaio do Kotcho.
O professor, sociólogo, cientista político e blogueiro, Emir Sader, também escrevesobre o Brasil de Dilma pós-Lula, em seu blogue na Agência Carta Maior.
Imperdível, ainda, é o artigo de Mauro Santayanna, no blogue Coisas da Política, do Jornal do Brasil na rede: O perigo da soberba, que me foi enviado pela colega jornalista, Neide Pessoa.
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Eis a matéria do Correio do Brasil:
Lula e Dilma afinam discurso na questão econômica
3/11/2010 12:20, Por Redação, de Brasília

No primeiro pronunciamento ao lado da presidente eleita, Dilma Rousseff, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que, nas próximas discussões do G20 sobre câmbio, “vai para brigar” e que, a partir de agora, o grupo vai “enfrentar Lula e Dilma”. O encontro do G20 está marcado para os próximos dias 11 e 12, na Coreia, e Lula estará acompanhado de sua sucessora. O presidente voltou a defender, nesta manhã, a estratégia do câmbio flutuante e afirmou que os Estados Unidos e a China, diante das divergências econômicas, estão no meio de uma “guerra cambial”.
Ainda na entrevista, Dilma afirmou que o governo pretende reajustar os valores tanto do salário mínimo quanto do Bolsa Família.
– Já em 2011 (o salário mínimo) já estará acima dos R$ 600. Nós vamos fazer esse ajuste. No caso do Bolsa Família, tenho um objetivo, mas é assegurar que a cobertura do bolsa família chegue a 100%. Houve muitas dificuldade dos Estados no cadastramento. São as prefeituras que cadastram mas, no período do meu governo, vou buscar um nível maior de benefício, proporcional ao que o país possa dar a esse conjunto de família.
Quanto às condições macroeconômicas do país, a presidente eleita trabalha com um superávit primário de 3,3%, PIB de 4,5%, inflação em 4,5% e dívida líquida sobre PIB cadente para 38%. “Mas se pode chegar a 5,5% do PIB, não o de 8% desse ano”, acrescentou. Segundo a próxima presidente do país, a convergência da taxa de juros brasileira com as taxas internacionais é uma possibilidade ao longo do seu mandato.
– Todo mundo fala em 2% mas são essas variáveis que informam, não o contrário. Se o PIB cresce mais, se ele é o denominador da equação, quanto mais o PIB crescer e a dívida líquida cair, menor será a taxa de juros – afirmou.