por Sulamita Esteliam
Em Terezina/PI, o sétimo dia de protestos esdudantil contra o aumento nas passagens de ônibus transformou o centro da capital piauiense em praça de guerra, ontem. Claro que quem levou bordoada, de toda sorte – cassetete, gás lacrimogênio, spray de pimenta, o diabo a quatro -, foram os estudantes. Dezenas foram feridos. Também houve prisões (17 segundo o Comando da PM). Mas eles não se intimidam, continuam nas ruas e marcam para esta quinta um megaprotesto.

Lucas, estudante de direito e membro da assessoria jurídica do Fórum Estadual em Defesa do Transporte Público, é exemplo do que ocorreu ontem por lá (foto ao lado). Isso é inadmissível.
O blogue O Cachete publica uma sequência de fotos que conta toda a história, não do confronto, como querem o Comando da PM e a mídia natival convencional, mas do massacre e da arbitrariedade, que não pouparam nem quem estava trabalhando ou fazendo compras nas imediações – aqui.
Assista ao vídeo da truculência e da covardia:
O que é isso, minha gente! Não se pode mais reivindicar nem protestar no Brasil? Democracia serve, também, para explicitar divergências. Ou a PM, indistintamente, precisa ser reeducada para lidar com as massas?
A resposta todo mundo sabe, assim como a responsabilidade pela violência deve ser cobrada, diretamente, aos governos estaduais. Afinal, constitucionalmente, são os governadores os comandantes em chefe da Polícia Militar.
O senhor governador, Wilson Martins (PSB), e o senhor prefeito, Elmano Ferrer (PTB) têm muito o que explicar. Ou eles preferem calar-se a exemplo dos mandatários paulistas e os abusos cometidos pela PM, ano passado e recentemente, contra estudantes da USP, com a conivência do reitor, João Grandino Rodas?
Assista o vídeo que registra a agressão. Não por acaso, o aluno é negro.
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