por Sulamita Esteliam
Uma forte explosão, alguns cascalhos sobre a cabeça das pessoas que por ali transitavam, e tudo vem abaixo. Poeira, corre-corre, confusão, incêndio, fumaça, cheiro de gás impregnam o ar. Um edifício comercial, no centro histórico do Rio de Janeiro vem abaixo, e leva com ele outros dois vizinhos.
Efeito dominó. A vida por um fio. Renascimento. A morte ronda a cidade. Impotência. Dia 25 de janeiro de 2012, #DIASEMGLOBO.
A notícia me chega pelo Facebook, postado com foto pelo Sintonia Fina, que compartilho. A Defesa Civil confirma a existência de vítimas, mas não tem números nem arrisca gravidade. Corro para o Twitter e lá está a hastag –algo como etiqueta em livre tradução – #DESABAMENTO NO RIO já pelas cabeças no Trending Topics, lista dos mais comentados na rede social.
Fotos e imagens no Twitt Pic mostram a tragédia, mas não dão conta das suas dimensões. A velocidade das comunicações não garantem informação segura.
Fico até de madrugada na internet acompanhando as notícias, naturalmente desencontradas: um prédio desabou junto ao Teatro Municipal; dois prédios desabaram, um de 17 ou 18, outro de 11 ou 10 andares. Há 11 vítimas, duas fatais.
Desabamento no Rio – TV Brasil
Agora, pela manhã, soube que três prédios, todos comerciais, foram ao chão, em, efeito dominó: a explosão ocorreu na edificação de 20 andares, que desabou levando consigo o vizinho de 10 pavimentos, e juntos deram o abraço fatal numa pequena construção de quatro andares, que teve a desdita de ser erguida entre os dois.
Até o momento em que escrevo, não se sabe o número de vítimas nem o que motivou o sinistro: se vazamento de gás, se anomalias estruturais. Os bombeiros trabalham no resgate de vítimas, e confirmam três mortos até agora – aqui.
De qualquer forma, é o descaso do poder público, uma vez mais, jogando com a vida das pessoas. Quem é que vai pagar por isso?
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Meus parvos neurônios e minhas antenas andam sobrecarregadas. Eita que 2012 começou com a macaca, também por aqui em Terra Brazilis!
Operação Sufoco na Cracolândia em Sampa, massacre na desocupação dos pobres moradores de Pinheirinho, em São José dos Campos; espancamento de manifestantes contra a barbárie em Pinheirinho, na Praça da Sé nas comemorações dos 458 anos da Cidade de São Paulo, e por aí vai…
Isso, sem contar a truculência contra estudantes que exercem o democrático direito de protestar – no sagrado território da Universidade, na USP, em São Paulo; em Terezina/PI e em Vitória/ES; no Recife/PE.
A estupidez não conhece fronteiras.
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Revisto e atualizado às 12:45, hora do Recife.
A Tal Mineira 