Na Cúpula dos Povos, o contraponto à Rio+20

por Sulamita Esteliam

A Cúpula dos Povos prepara mobilização global para esta quarta-feira, quando começa a parte oficial da Rio+20: Cúpula dos Povos por Justiça Social e Ambiental – contra a mercantilização da vida, em defesa dos bens comuns. Concentração a partir das 15:00, na Av. Rio Branco com Presidente Vargas.

Esta terça-feira é o tempo que resta para se chegar a um acordo quanto a alguns teores do documento a ser debatido e, quiçá, chancelado pelos chefes de estado e/ou representantes até o dia 23. O texto “final”, apresentado pelo Itamaraty na manhã de hoje, depois de longas e penosas discussões, na verdade, tem muitas lacunas e carrega insatisfações de vários países. Saiba mais em Carta Maior, que tem feito cobertura especial.

De qualquer forma, os acertos para a chamada economia verde são, de antemão, rechaçados pelos movimentos sociais de todo o mundo, e a Cúpula dos Povos está aí para isso – para criticar os caminhos governamentais e privados que comprometem nosso futuro, e apontar alternativas. E é isso que farão na Assembleia dos Povos, na tarde da quinta, 21: deliberar sobre “Nossas Soluções”. A Agência Patrícia Galvão traz uma seleção interessante de matérias sob tal ótica.

Ontem, mulheres e povos indígenas foram às ruas, em protesto por seus direitos e em defesa da liberdade. Houve passeata e ocupação do prédio do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – aqui e aqui, no sítio da Cúpula dos Povos, e também na Ciranda.Net. E amanhã tem mais manifestação, convocada pela ocupação indígena Aldeia Maracanã, em protesto contra as obras para a Copa, que ameaçam seu território – aqui na Ciranda.Net; conheça a história em vídeo que posto mais abaixo.

1. #Nosso corpo, nosso território