por Sulamita Esteliam
“Hoy, salgo pela puerta más grande de la pátria. Salgo pela porta del corazón; pelo corazón de mis compatriotas.”: Fernando Lugo, ex-presidente do Paraguai, depois de quase quatro anos.
Não se pode cochilar com as forças das trevas; elas estão sempre em movimento, mesmo que não lo pareça – e não é bem o caso do vizinho Paraguai. Pero, a democracia na América Latina é planta tenra, que carece de eterna vigilância.
Assista ao vídeo com o discurso de despedida de Fernando Lugo. Cheguei a ele, via Twitter de Altamiro Borges, do Blog do Miro e do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé:
Fernando Lugo foi deposto pelo Senado, por maioria absoluta. Em menos de 48 horas, e a nove meses de terminar seu mandato, sem possibilidade de reeleição. Apesar dos apelos do ex-presidente para que “não se derrube mais sangue por motivos mesquinhos”, o país já assiste a conflitos violentos na capital, Assunção – aqui, em CartaCapital e aqui no Luis Nassif Online.
Clique para ler a análise de Emir Sader sobre o “golpe branco?” no país vizinho, antes que tal se concretizasse. Está em seu blogue na Agência Carta Maior.
A presidenta Dilma Roussef teria sugerido a expulsão do Paraguai do Mercosul, e foi apoiada por Rafael Correa, presidente do Equador. Tudo indica, também, que a Unasul não reconhecerá o novo governo do país, assumido pelo vice-presidente, Fernando Franco. Venezuela, Bolívia, Nicarágua e Argentina já se pronunciaram contra o golpe.
Já os Estados Unidos reconhecem o impeachment. E a Óia-Veja, também. Alguma surpresa?
Yo no creo en las brujas, pero que están ahí, son las fuerzas ocultas, sempre prontas,
na hora certa: golpe é golpe.