por Sulamita Esteliam

Leio no Blog do Nilmário a notícia de que a indicação de Patrus para disputar a Prefeitura de Beagá animou a militância, que vai com tudo para as ruas com a meta e fé de que resolver a eleição no primeiro turno. Patrus terá como parceiro de chapa o ex-deputado Aloísio Vasconcelos, indicado anteontem pelo PMDB – aqui.
De Caracas, na Venezuela, onde acompanha a 18ª edição do Foro de São Paulo pela Fundação Perseu Abramo, que preside, Nilmário Miranda ligou para cumprimentar a dupla e oferecer seu integral apoio. “Estarei forte na campanha, somando com toda a militância”, escreve – aqui.
Sua avaliação é de que a decisão do PT em lançar candidatura própria para a Prefeitura de Belo Horizonte, mudou completamente o cenário político eleitoral – aqui, neste blogue. O PCdo B, que havia anunciado apoio ao PSB de Márcio Lacerda, retornou à aliança petista. O PSD e o PRTB também vão apoiar. Isso garante mobilização popular e tempo de TV, ferramentas importantes para o debate de um novo projeto para a cidade, acredita.
Em outra postagem, Nilmário desvenda os bastidores do rompimento da parceria PT/PSB. Revela que o veto à manutenção do acordo partiu, exclusivamente, de Márcio Lacerda, depois de uma conversa com Aécio Neves (PSDB), na contramão da direção estadual e nacional do Partido Socialista – aqui.
Dono de credibilidade irretocável, o apoio de Nilmário – a quem Euzinha tive a honra de assessorar, na Câmara dos Deputados, no início dos anos 90 – é fundamental; mesmo para alguém com o lastro de Patrus Ananias. Presidiu o PT municipal e estadual, foi da Executiva Nacional. Assim como Patrus, é agregador, companheiro leal, ao ponto do sacrifício pessoal e político – como ocorreu nas duas eleições em que o PT precisou dele para uma disputa inglória com o Primeiro Neto, em 2002 e 2006. É, como se diz, um soldado do partido.
Da primeira vez, surpreendeu e quase leva a eleição para o segundo turno. Da segunda, estava tudo dominado, não tinha a menor chance, e o sabia. Mesmo assim, não titubeou ao atender ao apelo de Lula, de quem era ministro da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, para ir à luta.
As voltas que a política dá; e em Minas, descendo e subindo ladeira, mas sem perder o fôlego e com a espinha ereta.