por Sulamita Esteliam

Olha só que legal a notícia que me chega através de Ruy Sarinho, amigo da Sintonia Comunicação, aqui do Recife: desde hoje e até 1º de dezembro, o Projeto Cine Anima, que usa o cinema como instrumento de conscientização para preservação do patrimônio histórico, está na pequena Alhandra, cidade do litoral sul da Paraíba, de grande tradição cultural indígena e da Jurema – árvore sagrada para os índios e para as religiões afro-brasileiras -, além de dona de ricos bens patrimoniais material e imaterial.
No período, serão oito oficinas para turmas de 20 jovens de 15 a 30 anos, com alguma habilidade para desenho e artesanato, que aprenderão a produzir curtas metragens a serem exibidos, ao final, no Ponto de Cultura Cinema na Praça. Os alunos vão conhecer a história do cinema de animação, sobretudo no Nordeste, assistir a filmes de animação e publicitários, vídeo clipes, animação para computador e de videogames, e tomar contato com os equipamentos e mesa pedagógica. Cada etapa das oficinas dura uma semana.
O Cine Anima é um projeto idealizado pelo cineasta pernambucano de animação, Lula Gonzaga, em parceria com a prefeitura municipal e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional/PB. Tem, ainda, patrocínio da empresa privada Elizabeth Cimentos.
Adequa-se à exigência do Iphan de preservação do patrimônio histórico e cultural nos municípios que recebem grandes empreendimentos industriais. É o caso de Alhandra. Foram realizadas pesquisas arqueológicas e inventariado seu patrimônio material e imaterial, que formam a base para o Projeto Cine Anima. A pesquisa foi feita pelo arqueólogo Ulysses Pernambucano de Melo Neto e equipe.