por Sulamita Esteliam
Vamos combinar: há dias em que é melhor não escrever, tamanha a diversidade de assuntos que ficam dançando na mente, buscando espaço, se acotovelando, atropelando o direito de escolha. Acabam liquefazendo seus neurônios. E a palavra embota, queda-se paralisada, sem eira nem beira.
Assim, vou fazer o que critico: deixar para amanhã, ou quase, o que deveria fazer hoje. Quem sabe até lá, as ideias entram em acordo, e a escriba renasça de toda a barafunda mental… Ou não. E aí a gente vê o que faz.
Enquanto isso, deixo o registro captado por minhas antenas e que, não por acaso, acabei encontrando no Twitter, postado pelo deputado Chico Alencar (PSOL-RJ). A diferença é que ele foi capaz de resumir em 144 caracteres. Na Praça dos Três Poderes, nesta quinta, 06 de dezembro de 2012 – dia em que meu terceiro neto, Guilherme Cauã, completa 10 anos -, dois acontecimentos marcam história:


1) No Palácio do Planalto, Oscar Niemayer recebe honras póstumas na Brasília que ele traçou em sua prancheta – e em todo o país que ele clareou com a beleza de sua arte e a riqueza de sua lucidez política e social. O arquiteto das curvas do Brasil, encantou-se dia 05, no Rio, onde também será velado, nesta sexta, quando se dá o sepultamento, no Cemitério São João Batista.
2) Do outro lado da praça, onde deságua a Esplanada dos Ministérios, o Congresso Nacional, reconduz, simbolicamente, aos mandatos 173 deputados cassados pela ditadura – 27 deles ainda vivos. Por artes da deputada Luíza Erundina (PSB-SP), presidenta da Comissão Parlamentar da Memória, Verdade e Justiça, criada pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara – aqui e aqui.
Niemayer dizia que “a vida é um sopro”, mas viveu quase 105 anos – faria aniversário dia 15 próximo -, e seu legado é eterno. Desconfio, outrossim, que, a despeito da sua convicção de ateu, o Sopro Divino mantém acesa sua chama.
Posto um vídeo, que descolei no Youtube, com fragmentos do documentário de 90 minutos, de 2005, que traça um paralelo da vida e obra do arquiteto com a história do Brasil. Leva a frase de Niemayer no título. Foi produzido pela Santa Clara Comunicação, e premiado pelo BNDES.
Acredita que eu tenho esse documentário aqui, lacrado no plástico ainda? 😦
Hora de rasgar esse plástico e apertar o play…
Faça isso, já! E mande o link… hehe
Abs.