O DNA semita é palestino

por Sulamita Esteliam

Em meio à troca de reféns entre o Hamas e Israel, o que prevalece, para além da emoção dos libertos e suas famílias, é o absolutismo sionista. O escárnio sobre tratados e resoluções internacionais para se impor pela força, reivindicando direitos divinos sem nexo.

Tudo com o auxílio vergonhoso da mídia ocidental, a tupiniquim em esforço hercúleo de manipulação.

No entanto, olha só que interessante: a farsa tem dimensões e origens históricas, pois sequer o autodefinido “povo de Deus” teria legitimidade para avocar o DNA semita com que se arvora senhor da Palestina.

Em 2001, estudos já apontaram que os palestinos detêm cerca de 80 % de identidade ancestral. Os sionistas emigrados da Europa e dos Estados Unidos, ao contrário, seriam descendentes dos antigos Khazares do Caucus Khazariano. Não poderiam, destarte, ser nomeados “povo de Israel”.

Areilla Oppebheim, da Universidade Hebraica de Jerusalém, é a autora do primeiro extenso estudos sobre DNA israelenses e palestinos. A doutora concluiu que os emigrantes dos navios que aportaram na Palestina, antes de se tornar Israel, eram 40% mongóis e 40% turcos.

Em outras palavras: não havia sangue semita entre os hebreus originais do Oriente Médio há 4.000 anos – nem em Jerusalém nem no território bíblico.

Os estudos de Oppenheim foram confirmados na década seguinte por outro cientista: Eran Elhaik, do Instituto McKusick-Namans de Medicina Genética da Escola de Medicina da Universidade John Hopkins, de Baltimore, Maryland, Estados Unidos

Tais afirmações estão no X, postadas pelo professor brasileiro Roberto França, especialista em geopolítica e militante do polêmico PCO – o Partido da Causa Operária. Mas se baseiam em estudos científicos, e traduzem postagem estrangeira a respeito. Deixo o link ao pé do texto.

Aliás, há um best seller, de 2008, que fala sobre A invenção do Povo Judeu, estudo da historiografia do povo que se apregoa herdeiro da divindade; o autor é Sholomo Sand, professor de História da Universidade de Tel Aviv.

O livro questiona o conceito Estado-Nação, como origem canônica de um povo que está longe de ser único. Ficou 19 semanas na lista dos mais vendidos em Israel. Disponível para baixar.

De volta ao cessar fogo para troca de reféns, foi descaradamente descumprido pelo, não há exagero em afirmar, Estado invasor da Palestina.

Aliás, ignorar as decisões das Nações Unidas é seu modus operandi nos últimos 75 anos, ao que tudo indica, com o frio propósito de extermínio étnico para encobrir a farsa milenar.

Daí que não dá para duvidar que atrás desse imbróglio tem coisa que até Deus duvida, com odor indisfarçável de armação.

Parte delas já vieram à tona na mídia internacional: como a suspeita de participação do exército israelense no ataque de 7 de outubro à rave, evento que o Hamas não teria conhecimento, inclusive. Há suspeitas de conspiração envolvendo o próprio governo vingador.

Há alguns dias, o amigo jornalista Márcio Metzker me alertou para a postagem do mestre Paulinho Saturnino no X, que levantou a lebre:

, que

Resta dizer da tocante reação de meninos e mulheres recém-libertadas do cativeiro israelense.

Os vídeos que circulam nas redes nos traz a dimensão de humanidade que parecia estar se perdendo em meio às versões naturalizadas dos bombardeios a hospitais, assassinato de crianças aos milhares e comboios de retirantes expulsos de sua terra.

Euzinha mesma repostei dois no Instagram:

Necessário reafirmar que, além dos milhares de mortos, o encarceramento de palestinos, denunciado como punição coletiva, cresceu exponencialmente desde 7 de outubro. Chega a 3 mil, cerca de 200 crianças e 62 mulheres.

As detenções continuam, apesar do cessar-fogo e do livramento a conta-gotas.

O massacre atinge quase 15 mil palestinos, 6.150 dos quais crianças, e há mais de 36 mil pessoas feridas nos ataques israelenense contra a faixa de Gaza. Em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia, os mortos chegam a 226 pessoas.

Por seu lado, Israel reduziu seus dados de vítimas fatais de 1,4 mil para 1,2 mil pessoas.

A pergunta que não quer calar é: o que pode deter as atrocidades do governo de Israel sobre a agente palestina?

Em meio ao desvirtuamento vexatório da cobertura da mídia ocidental, uma voz precisa ser ouvida a respeito: a do jornalista Breno Altman, analista de geopolítica e editor do Ópera Mundi, e que tem origem judaica.

Sua opinião é de que é preciso um conjunto de fatores e ações para deter “a mão assassina” de Israel sobre a Palestina:

  1. O aumento da resistência na Faixa de Gaza
  2. A ampliação da ação militar para a Cisjordânia
  3. O esforço diplomático dos governos mundiais sobre Israel condenando o genocídio
  4. Crescimento da campanha mundial, com manifestações massivas nas ruas, para pressionar Israel e exigir o cessar-fogo
  5. Política militar mais ativa dos países árabes contra Israel e boicote de petróleo para os país que não condenarem o massacre
  6. Envolvimento maior do Hezbollah no conflito

Compartilho o vídeo com a análise:

*******

Ainda com:

Roberto França e o DNA semita

Jornal GGN

2 comentários

Deixe uma resposta