Meninas, sem camisinha, não dá não…

por Sulamita Esteliam



Está no ar, desde o dia 25 de fevereiro, campanha do Ministério da Sáude de prevenção contra DSTs – Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e hepatites para o Carnaval 2011. O foco são as garotas de 15 a 24 anos, mais vulneráveis à contaminação pelo vírus HIV. A ideia é transformá-las em aliadas para sensibilizar a atual geração a se cuidar e fazer sexo protegido.

Clique para ver o vídeo da primeira fase da campanha, veiculado na semana pré-Carnaval:

Ousada na abordagem, a campanha é direcionada, especialmente, às jovens de baixa renda e de pouca escolaridade. E segue a linha popular: o jingle é uma paródia do sucesso do momento Minha mulher não deixa não, do cantor e compositor pernambucano, Reginho. De apelo fácil, é  desses ritmos que grudam no ouvido, feito chicletes: “Vou não, posso não, quero não/Minha mulher não deixa não” se transforma em “Vou não, posso não/Sem camisinha não dá não/Sem ela não dá não…”.

Veja e ouça o clip – que tem a participação de Lenine Castro, baixista da Banda Surpresa, morto em acidente com o ônibus da banda, semana passada:

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De acordo com o Ministério da Saúde, a proporção de mulheres infectadas pelo vírus HIV ultrapassou a dos homens, exatamente, na faixa de 13 a 19 anos: oito meninos para cada dez meninas; nas demais o número de homens infectados é maior do que de mulheres. De 1980 a junho de 2010, 12.693 homens e mulheres jovens se infectaram no país.

Outro dado preocupante é que o uso da camisinha é relegado ao segundo plano, mesmo numa relação casual. E mais uma vez, as garotas perdem para os garotos, de balaiada: 49,7% a 76,8%, respectivamente. Quando o relacionamento é fixo, então, é que a coisa piora: somente 25,1% das mulheres de 15 a 24 anos usam preservativo, regularmente, para 36,4% dos homens.

No lançamento, na quadra da Salgueiro, no Rio de Janeiro, o ministro Eliseu Padilha esclareceu as razões do foco: “As meninas entre 15 e 19 anos estão entre os grupos mais vulneráveis ao HIV/aids. Por isso, a campanha busca dialogar com essas mulheres e meninas. Para fazermos esta campanha, pesquisamos o que elas sentem. E elas sentem que, se pedem para usar camisinha, vão ser mal vistas. Têm medo de perder o namorado e o carnaval”.

Que fique bem claro, como lembrou o ministro: “Usar camisinha não é desrespeitoso. Não existe nada mais respeitoso do que proteger a vida”.

Então, amar é…  mudar os hábitos: camisinha é objeto de primeira necessidade. Deve andar, não apenas no bolso dos meninos, mas na nécessaire feminina. E na hora H, nada de esquecer, hem!

E se esquecer, trate de fazer o teste rápido de HIV. Clique aqui para saber como.

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Aqui, a matéria completa, no portal do Ministério da Saúde.

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