por Sulamita Esteliam

Discurso em recinto privado – embora em prédio público – e somente para convidados. Agora, sim, comportamento adequado a um governante estrangeiro em visita a um país soberano. Barack Obama, presidente dos Estados Unidos da América não vai mais “falar ao povo brasileiro” em praça pública, a Cinelândia, como questionou A Tal Mineira, dentre outros colegas da blogosfera. O evento foi transferido para o Teatro Municipal, no mesmo sítio, mas a plateia restrita. How to. No popular, caiu a ficha.
Afinal de contas, isso aqui não é casa da mãe Joana, como tende a parecer.
De fato, a mudança de local 48 horas antes deixou a atriz Carla Camuratti, diretora do Municipal de cabelo em pé – aqui. Sem contar as questões relativas à segurança de Sua Excelência, alvo de oposição raivosa da extrema-direita de seu país.
Vale ler o artigo do sempre alerta Mauro Santayanna para o JB On line, reproduzido pelo Conversa Afiada, ontem. Aula de história real, com senso de pertencimento.
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Ninguém, entretanto, está imune a cair no canto de sereia da velha mídia, que trata a visita de Obama ao Brasil, “como se fosse a passagem de Deus” redivivo. É o que observa Doutor Rosinha, deputado federal pelo PT do Paraná, em artigo publicado também no Vi o Mundo.
Ao que parece, são só a velha mídia. No Rio, a direção do PT proibiu os militantes de protestarem contra a visita do presidente dos Estados Unidos. Informa a Agência Brasil. Que coisa, hem!?
Todavia, haverá protestos, sim, em Brasília, dia 19 e em Copacabana, Rio, dia 20, informa a Agência Brasil. Só que dos parentes das vítimas do vôo 1907, da Gol, abalroado pelo Legacy, e que deixou 154 vítimas. O acidente aconteceu em 2006 e os dois pilotos estadunidenses foram considerados culpados.
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Enquanto isso, no sítio oficial da Liderança do PT na Câmara, destaque para o apoio dos deputados Doutor Rosinha (PT-PR) e Erica Kokay (PT-DF) críticas da presidenta Dilma Roussef sobre a base-prisão mantida pelos Estados Unidos em Guantânamo, Cuba. A presidenta teria feito tais declarações em entrevista, hoje, véspera da chegada de Barack Obama, que desembarca no sábado, em Brasília.
Não há, entretanto, referência a que veículos e em que circunstâncias Dilma teria falado. Este blogue procurou e não localizou na rede, declarações recentes a respeito. A última referência encontrada foi na entrevista da presidenta a jornalistas argentinos dos periódicos La Nacion, Clarín e Página 12, em 30 de janeiro.
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