por Sulamita Esteliam

Começa agora à noite, no Recife, a 5ª Conferência Municipal de Políticas para Mulheres, que prossegue até sábado, no auditório da Unicap, na Boa Vista. João Pessoa, capital da Paraíba, também abre hoje o evento, que vai até o dia 27. A temática central obedece a proposta da 3ª Conferência Nacional de Políticas para Mulheres, que acontece em Brasília, de 12 a 15 de dezembro: Autonomia e Igualdade para as Mulheres.
No Brasil inteiro os eventos se multiplicam, avaliando e definindo as ações de governo em benefício e respeito às mulheres no plano local. Ao tempo em que preparam as pautas para as conferências estaduais que, por sua vez, definem as propostas a serem levadas no plano nacional. Espera-se três mil mulheres de todos os cantos do país, entre delegadas e convidadas, na Conferência Nacional, em dezembro.
É a primeira conferência das mulheres no governo da primeira mulher presidenta do Brasil. Afinada com a mola-mestra do governo Dilma Roussef, erradicar a miséria. Parte do princípio de que são as mulheres as mais afetadas pelas desigualdades, como pessoas, mães e chefes de família.
Verdade mais crua, ainda, para as mulheres negras, índias, lésbicas e com algum tipo de deficiência – física ou mental. Para estas, a pobreza absoluta vem com o estigma do preoconceito e da discriminação, como bem lembra a ministra Iriny Lopes, da SPM – Secretaria de Política para as Mulheres em mensagem para as Conferências Municipais de Políticas para as Mulheres que já começaram país afora.
Não consegui incorporar o vídeo, mas ele pode ser acessado no sítio da 3ª Conferência Nacional de Políticas para Mulheres, onde está o mapa de todas as conferências no Brasil. Aqui.
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Atentas à comunicação como direito humano essencial, o movimento feminista e de mulheres se empenha para incluir na pauta das conferências municipais a comunicação inclusiva e não sexista – sem preconceitos de gênero, raça, etnia e orientação sexual, estereótipos, machismo e desrespeito as diferenças.
É o primeiro passo para fazer o assunto chegar como item prioritário, ao lado da educação e da cultura, às conferências estaduais e, em consequência, à Conferência Nacional.