por Sulamita Esteliam

Acordei pensando na presidenta Dilma Roussef, que hoje esteve em visita à minha/nossa terra Geraes. Creio que foi o telefonema de minha filha, Carolina Estelian, ontem à noite, para me contar que estaria na organização, que deixou rastro no subconsciente. Carol é moradora da cidade e produtora de eventos.
Mas o que me passou pela cabeça, logo cedo, foi, exatamente, a dificuldade de um governante em conciliar seus ideais – se os tem -, projetos e planos de governo, no tabuleiro político onde se amarfanham cobras e lagartos, e poucas borboletas sobreviventes.
Definitivamente, não deve estar sendo fácil para Dilma.
E Minas e sua capital são claros exemplos disso: um prefeito do PSB – sabidamente impopular, mas que é aliado com o PT, e eleito com apoio tucano, que governa o Estado e cujo partido faz oposição ao governo federal. Pense! Se fosse apenas a salada mista partidária, menos mal. Com as regras da política atual não se governa sem alianças. E aí é que mora o perigo, pois alianças têm consequências de toda ordem…
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Só abri o computador no final da manhã, por ene motivos que não vem caso enumerar. E me deparo com artigo de Ricardo Kotcho, em seu balaio, com o sugestivo título de Dilma vai se equilibrando entre degolas e afagos.
Então, busco notícias sobre a visita presidencial no jornais mineiros, e que encontro no portal do Estado Minas? Matéria de ontem, dizendo que a agenda presidencial em Beagá foi encurtada por pressão dos aliados. Para não dar muita trela pro Anastasia, que governa as Alterosas. Será?
Fato é que a presidenta embarca de volta para Brasília no início da tarde. Pois que, às 16 horas, em Palácio, dá posse ao novo ministro do Turismo, Gastão Vieira, que substitui o antecessor, Pedro Novais, pego com a boca na botija. Ambos são do PMDB, do Maranhão, indicações do presidente do Congresso, José Sarney.
Ah, o PMDB! No artigo a que me referi acima, Kotcho recorda uma pergunta que Lula teria feito a ele, logo no início do primeiro governo, quando assessor de Imprensa: “O que você faria se fosse presidente da Repúlica?” E devolve aos seus leitores: “O que você faria com o PMDB se fosse presidente da República?”
Acabo de me apropriar da questão: E aí, o que você faria?
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Em Beagá Dilma Roussef anunciou obras do PAC 2 Copa – investimento de cerca de R$ 2 bilhões mais contrapartidas do estado e do município, em obras de mobilidade. A presidenta iniciou a visita pelas obras de revitalização do Mineirão – cujos trabalhadores, informa o G1, fizeram paralisação de protesto – e do TRO-Trânsito Rápido da Av. Antônio Carlos, que liga o centro à Zona Norte, onde está a Pampulha – aqui e aqui, no Blog do Planalto.
Os investimentos incluem a ampliação do Metrô de Beagá – será que desta vez chega à região do Barreiro? Minha geração amadureceu ouvindo falar na tal expansão Oeste. A causa já tem Frente Parlamentar na Assembleia Legislativa e até um blogue: Eu quero Metrô!
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