Dia da Consciência Negra, para celebrar e refletir

por Sulamita Esteliam

O Recife promove, nesta sexta, 18, a II Caminhada Cultural da Consciência Negra. A concentração se dá a partir das 16 horas, no Parque 13 de Maio, na Boa Vista. É uma homenagem da cultura local ao herói Zumbi dos Palmares, morto a 20 de novembro. Vai ter maracatu, coco e afoxé, de diferentes nações. Realização da Secretaria de Cultura do Recife,via Ncab -Núcleo de Cultura Afro Brasileira, e Secretaria de Educação

O 20 de novembro, agora, é data nacional e oficial. A presidenta da República, Dilma Rousseff, sancionou no último dia 10/11 a Lei 12.519, que institui o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra. Desde meados da década de 70, o mês de novembro concentra uma série de atividades culturais e políticas para lembrar a morte de Zumbi, e para refletir sobre a inserção negra na sociedade brasileira.

Aqui,  por exemplo, esta quinta foi dia de roda de diálogo sobre O Racismo e as Mulheres Negras, promovido pela Secretaria da Mulher do Recife – clique para ler sobre atividade no Recife.

A iniciativa dos movimentos sociais negros, na segunda metade dos anos 70, foi incorporada ao calendário das escolas e outras instituições Brasil afora. E a celebração tornou-se evento cívico “vibrante e de grande participação popular”, como lembra a Secretaria Especial da Igualdade Racial, em matéria publicada no portal do governo.

Natural que assim fosse. Não se pode esquecer que metade da população brasileira é negra (preta e parda), segundo o Censo do IBGE.

“As justas homenagens que prestamos a Zumbi e seus companheiros e companheiras exprimem o reconhecimento da nação às lutas por liberdade e pela afirmação da dignidade humana de africanos e seus descendentes que remontam ao período colonial”, declara a ministra da Igualdade Racial, Luiza Bairros.

A celebração do 20 de Novembro como Dia Nacional da Consciência Negra surge no contexto das lutas dos movimentos sociais contra o racismo. A homenagem ganhou proporções nacionais, e é feriado em duas centenas de municípios e em alguns estados.

Zumbi simboliza a resistência negra no Brasil. Ele foi morto em uma emboscada, no ano de 1695, após sucessivos ataques ao Quilombo de Palmares, em Alagoas, divisa com Pernambuco. Desde 1997, Zumbi faz parte do Livro dos Heróis da Pátria, no Panteão da Pátria e da Liberdade.

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