por Sulamita Esteliam

Acontece nesta quarta, no Recife, a audiência pública do Conselho Curador da EBC – Empresa Brasileira de Comunicação; acaba de começar, com atraso regulamentar, e vai até as 13:00 horas, no Auditório I da Assembleia Legislativa, na Rua da União, Centro – clique para acompanhar a transmissão ao vivo pela rede. O evento tem o apoio da TV Pernambuco, que é uma das parceiras da EBC no estado; a outra é a TV Universitária.
Lamento não poder estar presente, pois estou mergulhada no trabalho. Aliás, esta a razão de postar o assunto em cima da hora – e de ter me ausentado do blogue nos últimos dois dias, pelo que peço desculpas. Nem sempre é possível conciliar o tempo com as demandas profissionais, pessoais – o que inclui a faina de dona-de-casa – e de ativismo; por mais que me esforce.
Feito o parênteses, voltemos ao que interessa. O objetivo é ouvir a sociedade, dos cidadãos, das cidadãs. É tarefa intríseca ao papel da TV Pública, o que a faz diferir das TVs abertas ditas privadas – que na verdade são concessões públicas, e empurram goela abaixo do telespectador aquilo que surge em suas cabeças que se acham iluminadas.
A descentralização da consulta pública, que visa subsidiar o trabalho do Conselho Curador, deslocada do eixo Brasília-Rio, é extremamente importante para contemplar a diversidade regional desse nosso país imenso e multicultural. É importante, também, para a divulgar própria TV Brasil, cuja programação é desconhecida pela maioria que tem hábito de ver televisão.
Foi uma sugestão da Ouvidoria da EBC, ora colocada em prática, após aprovação do colegiado, que tem caráter deliberativo; portanto, influencia, decisivamente, os rumos da emissora. Além do Recife, haverá audiências, em Marabá (PA), em 15 de setembro, e Porto Alegre (RS),em 13 de novembro. Enfim, cumpre-se a Lei Maior, a Constituição, que determina a pluraridade de conteúdo nas concessões públicas – para canais públicos e comerciais.

“As audiências do Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação são momentos importantes para que as pessoas e movimentos sociais presentes possam manifestar críticas e encaminhar sugestões à programação e trabalhos das emissoras da EBC. Trata-se de um importante momento de escuta, pelos/as conselheiros presentes, do que a população local e os movimentos sociais querem para a TV Pública brasileira”, escreve a professora Ana Veloso à Rede Mulher e Mídia.
Ana Veloso, que é jornalista e leciona comunicação na Unicap, representa Pernambuco no Conselho. Além de estudiosa do tema, é feminista e ativista da luta pelo efetividade da comunicação como direito humano, pela liberdade de expressão e pela informação de qualidade.
“No Recife, estamos, junto com o Fórum Pernambucano de Comunicação, também fortalecendo a luta pela criação da Empresa Pernambucana de Comunicação (EPC), o que poderá promover a diversidade de produção de conteúdos, e o caráter não estatal, da nossa TV Pernambuco”, acrescenta Veloso.
Ela lembra que o projeto de criação da EPC – Empresa Pernambucana de Comunicação já foi aprovado pela ALEPE – Assembleia Legislativa do Estado, e só precisa que o Governador Eduardo Campos, “dê a canetada”. Há, inclusive uma campanha no ar pela celeridade da decisão, com direito a abaixo assinado: Cria, Eduardo! – aqui mais informações, no Ombudspe. Clique para assinar a petição on line; eu já o fiz.
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Revista e atualizada às 23:43 do dia 26.07.2012.
Eu preciso do nome desse jornalista galego, na imagem, no topo da página, da TVU do RN para completar a matéria que estou escrevendo. Por acaso você tem?
Obrigado.
Eita, Diogo, deveria, mas não tenho, por isso não legendei. Capturei a imagem na transmissão ao vivo da EBC, qdo o nome dele já havia sido anunciado, e estava na correria… Mas pode ser que a professora Ana Veloso, representante da sociedade civil no Conselho Curador por PE, saiba. Ela está no Facebook. Boa Sorte.