O frevo embriaga a Unesco, e é patrimônio da humanidade

por Sulamita Esteliam

Pernambuco ferve e o Recife freva nesta quarta-feira, 05 de dezembro de 2012. E não é para menos: aos 105 anos, desde que a expressão foi cunhada pela primeira vez, em 09 de fevereiro de 1907, o frevo é Patrimônio Imaterial da Humanidade. O ritmo e o passo, que se iniciou do povo, pelo povo e para o povo pernambucano, agora, são de todo o mundo.  Vontade unânime do comitê da Unesco, que se reuniu e votou em Paris.

Clique para ver as fotos e assista ao vídeo-aula de história do frevo,  apresentados na França. É para arrepiar e se emocionar:

Impossível resistir, imortalizou Capiba,  a essa embriaguez, a do frevo, “que entra na cabeça, depois toma o corpo e acaba nos pés”.

E é claro que tem festa para celebrar, como o povo na rua e na praça, como se faz por aqui. Aliás, já começou faz tempo. A concentração estava marcada para as 16:00 horas, na Praça da Independência, mais conhecida como Pracinha do Diário. De lá, ao som dos clarins, o povo seguiria, no ritmo e no passo, para o vizinho Pátio de São Pedro, no Bairro de São José. A noite, mais do sempre, será criança nesta quarta imortal. ÉEEEE Freeevooo!

A Orquestra Popular do Recife foi convocada e outras dezenas de orquestras, cantores, passistas, compositores e blocos de frevo. A prefeitura da cidade, confiante, preparou tudo com antecedência para garantir comemoração à altura da grande paixão dos pernambucanos – aqui.

O frevo foi selecionado entre 36 candidaturas de diferentes recantos do Planeta. Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, desde 2007, por ocasião do centenário, a proposta à Unesco foi formalizada, pelo Iphan – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional,  há dois anos – ainda no governo Lula, portanto. A inclusão na pauta da 7ª Reunião do Comitê Intergovernamental da Unesco deu-se em outubro deste ano.

Grupos de frevo integraram a comitiva governamental, nos três níveis, que acompanhou a votação em Paris (foto acima). E dá-lhe frevo na comemoração após o anúncio – aqui, no sítio do Minc.

Mais aqui, no Diário de Pernambuco, o primeiro destas plagas a anunciar a boa nova.