por Sulamita Esteliam

Num dia cheio de emoções de toda sorte – inclusive as afetivas-minhas-particulares-e-essenciais – e de contradições próprias desses tempos, busco o fio da meada para escrever. São tanto os assuntos, que as ideias rodam no cérebro feito peru na cerca. Glu-glu. Só mesmo tomando uma para chegar ao ponto.
De Barroso, o estreante Luís Roberto, a Barbosa, nosso Joaquim-Batman-imperador-de-plantão, a quem escolher?
Uni-du-ni-tê/Sa-la-mê-min-guê/o escolhido foi…
Fico com os dois.
Começo por quem chega, Luís Roberto Barroso. Junto a declaração – antes da retomada do julgamento do qual não participou – desagrupada na competente reportagem da colega Najla Passos, em Carta Maior. Até para fazer sentido a essa crônica tosca, que vara a madrugada:
“Não existe corrupção do PT, do PSDB ou do PMDB. Não há corrupção melhor ou pior, dos nossos ou dos deles. Não há corrupção do bem. A corrupção é um mal em si e não deve ser politizada. Sem reforma política, tudo continuará como sempre foi. A distinção será apenas entre os que foram pegos e os que não foram. O julgamento da ação penal 470, mais do que a condenação de pessoas, significou a condenação de um sistema político.”
Rapidamente, também, invisto sobre Barbosa-Batman, a diva-diplomata das ilusões perdidas: o traduzi, desde sempre – aqui no blogue. Sobre a performance do dia, na retomada do seu cavalo de batalha no STF – a Ação 470 – poupo meus neurônios e fico com as análises-premonições de dois interlocutores no Twitter, a saber:
1) @zedeabreu: “Barbosa vai arrancar dramaticamente a capa de Batman, jogá-la na mesa e se aposentar. No dia seguinte, se lança presidente.”
2) @laurindoleal, retuitado por @zedeabreu: “Vi agora o destempero do Barbosa em cima do Levandowsky na sessão de hj do STF. Passou dos limites. Necessita atendimento psicológico.”
Subsídio maneiro do Consultor Jurídico sobre o que se passou no vetusto tribunal: vale conferir, até para não dizerem que a implicante sou Euzinha.
E o tira-teima, colho também no Twitter, pouco antes desfechar esta diatribe. O Blog do Mello anuncia: “Joaquim Barbosa pode renunciar’ É o que informa o jornalista Carlos Chagas, pai de Helena Chagas, ministra da Secom”.
Verão, lendo a postagem, que a primavera se aproxima mas não é pra’gora. Carece do jogo em curso no STF…
Encerro com @manoelbarros, poeta pantaneiro: “A vida tem suas descompensações”.
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