por Sulamita Esteliam


Na noite desta quinta, a Câmara Municipal de Olinda dedica sessão solene ao centenário de nascimento de Mãe Biu de Xambá, segunda ialorixá da Nação Xambá em Pernambuco, filha de Xangô. Nasceu Severina Paraíso da Silva, em 29 de junho de 1914, no Recife.
No domingo, dia de São Pedro no calendário católico, houve festança no Terreiro de Xambá. Muita cantoria e dança, segundo as tradições ancestrais. Mãe Biu ganhou uma boneca gigante, na estatura da homenageada, presente do artista olindense Silvio Botelho.
A ialorixá se inscreve na história da cultura afro em Pernambuco, como esteio das tradições Xambá no estado e no país – aqui e aqui. Em torno do terreiro que ela fundou, em 1950, formou-se o Quilombo Portão do Gelo, o primeiro quilombo urbano reconhecido na cidade de Olinda.
Sim, a homenagem na Câmara Municipal é proposição do vereador e ativista dos direitos humanos, Marcelo Santa Cruz (PT).
Busquei e encontrei no Youtube dois vídeos que mostram um pouco dessa história, e da alegria que se une ao compromisso do culto aos orixás – 14, no caso da Nação Xambá.
O primeiro é um documentário feito para o Fórum Inter-religioso do Observatório Transdisciplinar das Religiões do Recife, da Universidade Católica de Pernambuco. O título Xangô Nação Xambá, preserva a forma original como o candomblé é conhecido aqui.
O outro é um festividade comandada pelo coco, ritmo cultuado em terras pernambucanas.
Ei-los:
- Xangô Nação Xambá – Documentário
- Coco de Mãe Biu – Nação Xambá
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Postagem revista e atualizada às 21:35: repetição de palavras no quinto parágrafo.