por Sulamita Esteliam
Primeiro, registro: minha Macondo Beagá está em luto, e estou junto. Um acidente, somente explicável pelo descaso, fez duas vítimas fatais e duas dezenas de feridos. Obra inacabada, mal-sustentada, pela engenharia política local.
Responsabilidades precisam ser apuradas. As famílias das vítimas fatais e dos feridos precisam de respostas – para além da solidariedade do momento.
A Copa, no caso, é circunstância.

Segundo, justifico: não quis arriscar postar o poema da semana do Futebol de Barro antes do jogo Brasil x Colômbia. As (anti)-notícias da semana embaralharam a luz, a visibilidade.
Energias conectadas. Ou antenas em ação, se preferirem.
Meu amigo Carlos Barroso, poeta, jornalista e amigo, provocador desta parceria com A Tal Mineira, que nos perdõe. Tudo cessa, quando um valor maior se levanta.
Cobrar das pessoas, em particular de “meninos” sob pressão, que não chorem quando estão tensos, é desconhecer a humanidade. Homens também choram, e que bom que choram.
De Aço, só conheço o Dario, o peito de passarinho …
Desta feita, se me permitem os amantes da poesia, alongo a introdução.
Fato é, que hoje o jogo foi dos zagueiros. Lindos demais, David Luiz – que mais parece um anjo no comando. E Thiago Silva, cumprindo seu posto de capitão, e desopilando mágoas. Marcelo, outro encaracolado, fundamental. Huck, quase imperador. Oscar, de novo em campo. Maicon dizendo a que veio.
E Neymar Jr? A molecagem do seu futebol, nesta sexta, não encontrou espaço. Ou sua cabeça de menino foi baratinada ao tentarem atingir seu esteio: o pai e a honra!? Qual cabeça não chacoalharia!?
Parece que o menino intuía. Feito Ayrton Sena, no dia em que seguiu para a Constelação. Talentos são assim.
Um joelho atravessado, no meio das costas, levou nosso craque ao hospital. Torcemos para que o problema não fosse grave. Mas, à hora em que escrevo, chega a conclusiva: faturou a vértebra, e está fora da Copa do Mundo no Brasil.
Urucubaca é pouco.
Força, Neymar. Você inspira o Brasil.
Aos diabos a turma do contra. Você vai ficar totalmente bom, e ainda vai nos dar muitas alegrias.
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Pronto. Dito isso(s), mantemos o poema da vez. Arte é arte.
Poesia inserida na antologia Pelada Poética IV, Editora Scriptum, mineira. Lançada em 24 de maio deste ano, em Belo Horizonte.
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