Paulinho Saturnino: a rota da seda é a trilha alternativa, sem hesitações e vacilos…

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por Sulamita Esteliam

Não tem como fugir do assunto. Então, por hora, fico com a análise do mestre Paulinho Saturnino sobre o resultado das eleições estadunidenses e seu impacto no mundo, sobretudo no Brasil.

Recebi pelo Zap-Zap:

“Momento interessante quando a realidade geopolítica se prepara para dar um cavalo de pau. Talvez o governo #Lula acorde, e deixe de ambiguidades com o BRICS, e adira de peito aberto à proposta chinesa da nova rota da seda. O grande desafio do governo será garantir nossa soberania.

Trump não respeitará nações submissas, como jogador ele só considerará os que consigam ocupar lugar na mesa. O Brasil não poderá embarcar no método de medo das sanções aos desobedientes, e só conseguirá avançar com aliados que lutam por um mundo multipolar.

E que tentemos recuperar nosso protagonismo no BRICS, inclusive porque Trump jogará a Ucrânia às hienas, e se esforçará para usar a Rússia de Putin para desinflar a euforia multipolar.

Ao menos um virtude eu vejo, com olhar egoísta, na mega vitória de Trump: meu ladinho analista político está mais excitado, já que não era mais suportável a pasmaceira do neoliberalismo e seus subprodutos.”

Paulinho Saturnino*

É um sinal de alerta, e seria ótimo que chegasse aos ouvidos do senhor presidente da República, a nossa: quem muito se agacha, expõe os fundilhos. Não que Lula não saiba disso.

Aqui com meus botões, digo que não tenho a menor paciência para a prepotência do Tio Sam, o umbigo mais largo e fundo do Planeta.

Nos meus tempos de repórter, cobri várias eleições dos Estados Unidos, em agências e consulados. Nunca entendi o frisson da torcida por Democratas ou Republicamos.

Ora, aí sim, são tudo farinha do mesmo saco: todos a serviço do estabilishment, da elite financeira com a bota no pescoço de quem se lasca para lhes dar boa vida. Como dizem os pernambucanos: é lá e lô.

Uma democracia, que se quer e que se impõe como a maior e melhor do mundo, não respeita a maioria de seus próprias cidadãos e cidadãs em seus direitos básicos como saúde e educação. Embora tragam a “Quinta Emenda” como ingrediente da saliva: o direito de ficar calado.

Todavia, o presidente gringo foi escolhido, apesar de ter tentado engolir os princípios da Nação, quando perdeu a eleição anterior, orquestrando a invasão do Capitólio, o Congresso deles.

Ou você acha que o títere brasileiro copiou quem e de que situação para tentar melar o resultado das eleições neste país.

A despeito da condenação unânime por fraude contábil, conforme denúncia de uma atriz, que a mídia insiste em nomear “pornô”, numa postura conservadora que não disfarça o complexo de vira-latas tão sobejamente manifesto.

Também do mestre Saturnino: “Moralismo cheirando a mofo da mídia corporativa”.

Fato é que Trump foi perdoado. Eleitores não só o escolheram ao invés de Kamala Harris, mulher negra e de origem latina, que chegou à vice-presidência pelos Democratas, apesar de e foi ungida candidata.

Enfrentou e perdeu para o multimilionário que até a mãe diria que não poderia ser político, que dirá presidente. Um sujeito “criminoso, machista, misógino, racista, xenófabo e putaneiro” – essa é de um autor espanhol, traduzido e compartilhado por um colega em grupo de jornalistas mineiro.

Deram vitória consagradora para ele fazer o que bem entender, inclusive tornar-se ditador. Não chorem por eles, porque eles sabem o que fazem.

Orem para que nossa Suprema Corte dê um banho de Justiça e água fria sobre os imitadores de plantão: o que é bom para os Estados Unidos, não é bom para o Brasil. Provado está.

Amém.

*Paulinho Saturnino, que foi um dos meus mestres na Faculdade, em sua autodefinição no Instagram: “É professor aposentado da UFMG (Comunicação). Vive em Beagá. Viúvo. 75 anos. Cadeirante. Curte tecnologias e mídia, imagens, beleza e emoção”.

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Revista e atualizada em 07.11.2024: inclusão do áudio da postagem: ando distraída, que é uma beleza…