No começo de seu sexto mês de governo, a presidenta Dilma Roussef anunciou seu Plano de Combate à Miséria, que objetiva tirar 16 milhões de brasileiros dessa condição até 2014. São famílias que vivem com renda abaixo de R$ 70 por mês. Para tanto, vai investir R$ 80 bilhões nos próximos quatro anos, aos quais vão se agregar recursos dos parceiros estaduais e municipais.
Não é pouca coisa. Mas, se é para encarar a miséria, tem que ser para valer, e a realidade ensina que nada é o suficiente. A começar pela dificuldade de localizar, cadastrar e incluir nos programas sociais aqueles que deles mais necessitam. Dilma sabe do tamanho do desafio a que se propõe: “Não vamos mais esperar que os pobres corram atrás do estado brasileiro. O estado brasileiro deve correr atrás da miséria”, disse, durante o lançamento.
O foco do Brasil sem Miséria é a ampliação da transferência de renda via bolsa família, ampliando de três para até cinco filhos em idade escolar, e buscando as famílias em situação de pobreza extrema que ainda não estão incluídas no programa. A projeção do governo é de que sejam integradas mais 1,3 crianças e adolescentes até 15 anos.
Mas, não apenas isso: se propõe qualificar mão-de-obra com vistas a oportunidades de emprego, e proporcionar acesso aos serviços de saúde, educação, assistência social, saneamento básico e energia, integrando as políticas já existentes nos diversos níveis de governo. Em resumo, direitos essenciais para a dignidade e a cidadania.
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Para saber mais, sugiro a cobertura de Carta Maior:
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