Por Sulamita Esteliam

Tenho evitado escrever sobre política partidário-eleitoral. Questão de coerência: ando afastada das lides, e das fontes, para analisar com propriedade. Não obstante, sei que não vou conseguir dormir se não botar para fora o que me vem da alma: eita mulher porreta, essa Erundina!
Fiquei com urticária, tamanha a vontade de palpitar, também, sobre a lambança que fizeram aqui no Recife – antes, durante e depois das prévias do PT, mês passado, “em nome da política”. E sei que muita gente deve ter estranhado o meu silêncio. Mas, seria jogar (mais) merda no ventilador, e em nada adiantaria.
Cá pra nós, o que fizeram com João da Costa, por mais críticas que se tenha a ele e à sua gestão, não se faz. E quem tem memória sabe o que acontece quando um partido mete os pés pelas mãos, ou por brigar com o espelho, ou por escorregar no trilho, “em nome da política”.
A minha é de elefante: estaduais no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais, em 2002 e 2006; municipais em Porto Alegre, em 2004, quando perdeu a prefeitura após 16 anos de gestão; e Belo Horizonte, em 2008, no mesmo diapasão. E a tentativa em Fortaleza, abortada pela fibra de Luizianne, que peitou a cúpula nacional e levou – e agora a coisa anda um tanto complicada por lá, também; tomara se resolva com menos estragos.
Bem sabemos que política não se faz com anjos, mas há sapos e sapos, e alguns são duros de engolir. O Sapo Barbudo que me perdõe, Luíza Erundina tem razão: Maluf é indeglutível.
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