por Sulamita Esteliam

Hoje é Dia de Mandela, está em todas as mídias. O líder e ex-presidente sul-africano, e ativista dos direitos humanos, do combate ao racismo e à segregação completa 94 anos. Desde 2010, a data do seu aniversário foi convertida pela ONU em dia de ação solidária -o Mandela’s Days. A intenção é estimular que as pessoas em todo mundo dediquem, ao menos, 67 minutos de seu dia a ajudar o próximo.
Mandela fez da desobediência civil, a exemplo de Ghandi, sua principal arma de luta contra a opressão. Isto o faz ainda mais admirável. Eis um vídeo sobre sua trajetória:
Há um documentário espanhol, excelente, sobre a trajetória de Nelson Rolihlahla Mandela: Viaje a Liberdad. Tem 44:25 de duração. Está no Youtube. Há outro formato do mesmo vídeo, dividido em três partes de cerca de 15 min, e que leva o título de Grandes Biografias – Nelson Mandela. E que traz uma descrição que resume bem quem é Mandela; está em espanhol, mas é perfeitamente compreensível: aqui, aqui, e aqui.
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Impossível esquecer o dia em que vi Mandela de perto. Foi no Congresso Nacional, quando de sua primeira visita ao Brasil, em agosto de 1991. Trabalhava há pouco tempo na Câmara dos Deputados, como assessora do deputado Nilmário Miranda (PT-MG), dedicado à causa dos direitos humanos. Cobri a cerimônia em que foi condecorado com a medalha Grã Cruz da Ordem do Rio Branco.
E anotei em meu diário (sim, mantive a prática da adolescência ao longo da vida, embora quase nunca diária – e agora em formato digital…): “Dificil traduzir a emoção de ver Mandela e sua mulher Winnie, deuses negros. É impressionante como ele transmite em seu olhar e no sorriso largo; deve ser isso que chamam de temperança. E pensar que o que este homem passou em quase 30 anos de prisão por opor-se e liderar a oposição; nem sempre pacífica – o ANC – Congresso Nacional Africano usou a tática da guerrilha para boicotar as instituições do apartheid em seu país…”
A visita de Mandela sinalizou o início novos tempos nas relações entre o Brasil e a África do Sul, que avançaram com a eleição deste como presidente. Até então os governos brasileiros meio que ignoravam o massacre dos brancos sobre negros que acontecia acolá. Bem mais adiante, a partir da gestão Lula da Silva, a África tornou-se uma das prioridades da diplomacia – também do ponto de vista comercial – brasileiras.
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