por Sulamita Esteliam
Vou deixar de andar feito peru na cerca, em volta da própria cauda, e escrever o que me passa pela cabeça, depois de noite mal-dormida e dia febril, com uma gripe dos diabos: se o PT ajudar, e parar de se estranhar no espelho, ainda dá para se garantir no segundo turno das eleições para a Prefeitura do Recife.
Há quem duvide, mas minhas antenas não costumam me enganar, mesmo sob o vezo da torcida, devo confessar. Em 2000, tudo parecia perdido na antevéspera da eleição; talvez fosse uma das poucas pessoas a acreditar na ida de João Paulo, agora vice de Humberto, para o segundo turno, contra todos os prognósticos das pesquisas. Era o sentimento da rua que me dizia…
Devo admitir que não entrei na campanha este ano, por mil e um motivos – o principal deles a lambança que o PT fez no Recife e à qual me referi neste blogue, tempos atrás. Além do que, passei o último mês fora da cidade, e não posso falar de sentimento de rua.
No entanto, olhe só o que diz pesquisa divulgada pelo blogue Acerto de Contas, do professor Pierre Lucena/UFPE . As sondagens do IPMN – Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau, divulgadas até então, eram francamente desfavoráveis ao petista.
Os últimos números coletados pelo instituto dizem que Humberto Costa (PT) reverteu a tendência de queda, e o garoto tucano-verde Daniel Coelho (PSDB), todo modelado no marketing eleitoral, está em queda. O candidato do governador, Geraldo Júlio (PSB) tem significativa dianteira, mas não o suficiente para levar de primeira.
Claro, pesquisas são intenções, o que vale são as urnas. Exatamente por isso, gente boa da militância e de todas as mil e uma correntes, é hora de botar o bloco na rua. Bora deixar as pinimbas de lado, porque o jogo não acabou – e é só o primeiro tempo.
A Tal Mineira 