por Sulamita Esteliam
“Multissetorial, multilateral, democrática e transparente.” É assim que a presidenta Dilma Roussef quer a governança internacional da internet. E foi com o recado claro, bem ao seu estilo, mas também com exemplo dos passos efetivos do Brasil nesse capítulo, que ela abriu a NetInternacional, conferência mundial na manhã de hoje, em São Paulo.
Além da proposta de governança global – aqui – na bagagem da presidenta anfitriã, o Marco Civil da Internet, sancionado por ela , na oportunidade aprovada ontem pelo Senado, depois de mi-mi-mis e nhem-nhem-nhens da bancada oposicionista, que acabou votando a favor – aqui.
Sobretudo de um certo senador tucano eleito pelas Gerais, mas carioca de ações, vulgo primeiro neto – que fazer o avô remexer-se no túmulo cada vez que se manifesta… Caso patológico, que que envergonha a astúcia mineira.
O bate-boca entre ele, patético, e o senador pelo Rio de Janeiro, Lindberg Farias (PT) está no Youtube:
Cá pra nós, difícil a situação da turma do contra, quando o mundo reconhece o acesso à Internet como direito humano e serviço público fundamental. E ter que explicar aos jovens eleitores, especialmente, porque não se é a favor da liberdade e da neutralidade na rede é uma complicação e tanto para quem almeja voos políticos mais altos.
Tais prerrogativas são pontos essenciais do Marco Civil, fruto de ampla e prolongada discussão nacional, relatado na Câmara pelo deputado Alexandre Molon (PT-RJ). O projeto só foi votado mês passado, a despeito de vir trancando a pauta do plenário desde setembro de 2013 aqui e aqui, neste blogue.
Interesses econômicos e políticos, postergaram o final feliz. Se alterado pelo Senado, voltaria à Câmara, necessariamente. É o que diz o regimento interno do Congresso, do conhecimento de qualquer deputado ou senador – ou pelo menos dever-se-ia.
O que dizer ao mundo dito civilizado, que tanto preza a casa-grande, que saúda a legislação brasileira como vanguarda? Via colega blogueiro Sérgio Telles, no Twitter, cheguei à reprodução de matéria de capa do francês Le Monde desta quarta, exemplo e destaque no Conversa Afiada.
Fico por aqui, por hoje.