por Sulamita Esteliam
Rapidamente, pois o tempo está nos calcanhares. Dois acontecimentos mágicos, porque traduzem o lúdico e permeiam culturas e cultura, estão em cartaz esta semana nas minhas duas distantes Macondos, Beagá e Recife. Este blogue faz a conexão.
No Recife, a celebração da palavra escrita num encontro entre escritores e leitores, na Academia Pernambucana de Letra (convite ao lado), dia 11 de setembro, à noite: lançamento do livro Entrelinhas da Literatura Pernambucana, de Liliane Jamir. Aproveita para homenagear a escritora, Luzilá Gonçalves.

Na capital das Gerais, o Movimento Viva Santa Tereza promove o Mercado Vivo – um espaço para todos, no sábado 13, de 10:00 às 17:00 horas. Os adoradores do bairro mais charmoso de Belo Horizonte – e Euzinha me incluo no séquito – vão ocupar a rua Alvinópolis, em frente ao Mercado Distrital, artes e manhas.
Vai ser um sábado em louvor à convivência sóciocultural que propicia o Mercado de Santa Tereza: feria de hortifruti e de flores, bancas de alimentação, exposição de artesanato, oficinas de vídeo e de circo, intervenções artísticas – teatro, contação de histórias, música e que tais. Lazer e cultura de mãos dadas em defesa de uma boa e necessária causa.
Fechado há oito anos, o espaço antes ocupado pelo Mercado Distrital vive sob ameaça de ser ocupado por projeto que fere a lei de diretrizes de ocupação do espaço urbano. Pior, escancara a porteira para a verticalização de Santa Tereza, bairro onde predominam construções de pantas baixas, pois que área de preservação especial.
O povo de lá desconfia e repele um Novo Santa Tereza, ao estilo do projeto Novo Recife, que motivou o #OcuppeEstelita, movimento que fervilhou em maio/junho deste ano, na capital pernambucana. Dissolvido com truculência absurda, resistiu quanto pôde, mas prevalece sob outros matizes.
No Facebook, a convocação do evento traz a programação completa.