
por Sulamita Esteliam
Nada como o resultado de uma pesquisa para deixar jornalista feliz. Particularmente aqueles que teimam em ater-se aos fatos, ainda que esses fatos se resumam a tendências e projeções. Afinal, o que são, de fato, resultados de pesquisas: um instantâneo do momento, avaliação de parte tomada pelo todo, verdade estatística, recorte da realidade?
Todavia, sabe-se, nenhum empresário ou comunicador, ou político em campanha, ou governante diante de uma decisão polêmica, define qualquer ação sem pesquisa. E isso já faz tempo. No entanto, a análise dos dados, e a forma como cada um vai usá-los, aí, já são outros quinhentos. Taí a última campanha presidencial que não me deixar mentir.
Ora, todo esse prolegômeno é para ajudar a imaginar a cara de taxo da oposição raivosa, PIG incluído, diante da pesquisa trimestral CNI/Ibope. Divulgada nesta quarta, mostra crescimento da aprovação do governo Dilma. O Farol da Alexandria e o Primeiro Neto devem estar se rasgando…
Nenhum governante foi mais achincalhado do que Dilma Roussef nos últimos tempos, sobretudo pós-eleições. Foi um verdadeiro massacre no último ano de governo, antes, durante e depois da campanha eleitoral. O quarto turno já está em curso, já que os perdedores continuam a agir como maus perdedores. Não passarão!
Até mesmo alguns jornalistas sérios – sim, eles existem -, mas que talvez sofram da síndrome do pânico, chegaram a trombetear o clima está mais para fim de feira do que festa. É o caso do mestre Ricardo Kotscho, profissional do maior respeito – mas que parece ter uma certa implicância com a presidenta – no início desta semana.
E é ele que, dois dias depois, busca explicações para “o fenômeno Dilma”, a produzir “milagres” após milagres: 40% dos entrevistados avaliam o governo como “ótimo” ou “bom” e 32% consideram-no “regular”, o que dá 72% de aprovação no frigir dos ovos.
Além disso, 52% aprovam o jeito da presidenta governar, com prioridade para o combate à fome e à pobreza e os investimentos em programas sociais. Sim, esse índice era de 70% no início do governo.
Mas, o crescimento da aprovação após o incessante bombardeio é explicada pela própria pesquisa: 44% dos entrevistados percebem que o noticiário é “mais desfavorável” ao governo.
E é o próprio Kotscho que responde, ao observar:
“Se, mesmo assim, a maioria aprovou a presidente, de duas uma: a imprensa já não está com essa bola toda, e a população encontrou outras formas para se informar fora da grande mídia, ou Dilma é mesmo um fenômeno de resiliência que ainda não foi explicado pelos livros dos nossos sábios cientistas políticos.”
Eu diria: né…!?
A verdade é que a presidenta Dilma, assim como o foi o presidente Lula, é feito massa de bolo: quando mais é sovada, mais cresce. Dá-lhe!
O que não exime a sua comunicação da fazer o que lhe cabe: se comunicar com presteza, transparência e eficácia. Passou da hora de ter um/a porta-voz, já que a presidenta não tem muita paciência – e não lhe tiro a razão – para lidar com a imprensa.
Bom, mas fiquemos com as boas notícias para o dia que antecede a diplomação de Dilma Roussef para o segundo mandato na Presidência da República Federativa do Brasil. Acontece, nesta quinta, às 19:00 horas, na sede do TSE, na capital federal. Lula estará presente.
Bons fluidos para Dilma, para Lula e para o Brasil.
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