por Sulamita Esteliam
Sei que hoje é sexta, véspera de fim de semana, tempo de relaxar. Todavia, não resisti aos fatos sobre a Petrobras expostos na matéria publicada pelo colega Fernando Brito, no blogue Tijolaço.
Note bem, eu disse fatos. Acrescento um adjetivo: positivos.
Não surpreendem, e deveriam ser suficientes para mudar a pauta da mídia venal no que diz respeito à nossa estatal e seu papel fundamental no desenvolvimento do país.
Todavia, quem lê, assiste ou ouve o noticiário tem a clara impressão de que a maior empresa brasileira está quebrada, e o Brasil mergulhou no abismo sem-fim. Pior, não há perspectiva de emergir.
Nesta perspectiva do desastre, a Petrobras seria a locomotiva do apocalipse, a partir da Operação Lava-jato, capitaneada pelo juiz Moro e seus doleiros delatores.
Jornalismo de um só viés, estritamente político, com o único e obsessivo propósito: sangrar o governo Dilma e o PT, abrir caminho para o retorno do entreguismo do nosso patrimônio, barrado nas urnas, sucessivamente, há 12 anos.
A Petrobrás e o Brasil são maiores do que as bestas-feras travestidas em patriotas de ocasião.
800 mil barris diários no pré-sal. A Petrobras é mais forte que os ratos e urubus
por Fernando Brito – Tijolaço
A produção de petróleo nos campos operados pela Petrobras atingiu, no dia 11 de abril, a marca de 800 mil barris de petróleo por dia (bpd), atingindo novo recorde de produção diária. Desse volume, cerca de 74% (590 mil bpd) correspondem à parcela da companhia e o restante à das empresas parceiras nas diversas áreas de produção da camada pré-sal.
Faz pouco mais de sete anos que o pré-sal foi descoberta e este volume, em tão pouco tempo, é várias vezes maior do que aqueles que, em outras áreas marítimas, já se atingiu em tão pouco tempo, numa atividade complexa e demorada.
Segundo a empresa para que se alcançasse, no Brasil, a produção de petróleo de 800 mil barris por dia” foram necessários 40 anos, com a contribuição de 6.374 poços. Na Bacia de Campos, esse mesmo volume de produção foi alcançado em 24 anos, com 423 poços.”
No pré-sal, são ainda apenas 39 poços produtores: 20 estão na Bacia de Santos, que responde por 64% da produção (511 mil barris por dia) e 19 poços estão localizados na Bacia de Campos e respondem por 36% da produção (291 mil barris por dia).
É deste “peso” imenso que os “muy amigos” da Petrobras querem “livrar” a empresa, pela carga de investimento necessária para explorá-lo e, de quebra, “aliviar” o Brasil do “sacrifício ” de ser um grande no petróleo.
Que canalhas!
