por Sulamita Esteliam
Claro que a simbologia da reabertura das embaixadas de Cuba nos Estados Unidos e vice-versa é impagável. Coroa a distensão das relações diplomáticas entre os dois países, iniciada em 17 de dezembro passado. Mas, é outro passo na longa caminhada até o restabelecimento da normalidade política entre os dois países.
Até porque, o embargo econômico, que dura 55 anos, permanece, a despeito das bençãos de Barack Obama em contrário. A prerrogativa de removê-lo é do Congresso estadunidense – onde a maioria é republicana, e boa parte da ala mais radicalmente conservadora, para dizer o minimo.
Mesmo que as próprias necessidades comerciais e de consumo do império – e da Ilha – o aconselhem – aqui e aqui neste blogue. Ainda que o relaxamento em alguns setores, como o turismo, já se dê na prática.
No entanto, estou com o jornalista Eric Nepomuceno, um dos convidados desta noite no Observatório de Imprensa/EBC-TVBrasil. Nada garante que após Obama o processo de abertura permaneça. Sem contar o nível de tensão política e animosidade entre os dois país, que atravessa gerações.
E ainda a Guantanamo, território cubano ocupado e usado pelos Estados Unidos para encarcerar e torturar adversários. E transmissões ilegais de rádio e TVs e programas de estímulo à subversão, dentre outras cositas a serem debeladas.
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Postagem revista e atualizada dia 22.07.2015, às 10:23: substituição de palavra repetida na terceira linha do primeiro parágrafo – distensão ao invés de reabertura.