por Sulamita Esteliam
Por favor, ouçam este áudio. Tive acesso via Twitter do bravo Stanley Burburinho, personagem militante das redes sociais, sobretudo no microblogue:
Todo este lero-lero é mais do mesmo. É parte do mesmo problema: jornalismo de esgoto.
Então, o senhor Alexandre Garcia, com toda visibilidade que lhe dá a locomotiva do PIG, retira o que disse sobre a pretensa mansão de Lula no Uruguai. Mas não se desculpa com o ex-presidente.
Pior, mantém o enxovalhamento. Nas entrelinhas, reafirma as acusações em torno das outras propriedades que seriam de Lula, e que em dois anos de “investigações” a Lava Jato não conseguiu provar.
Não prova por incompetência? Não, não prova porque não há o que provar.
A história da mansão no Uruguai, do triplex do Guarujá, do sítio em Atibaia, do terreno do Instituto Lula, do Itaquerão, da piscina no Alvorada… Tudo o Lula carrega nas costas e leva pro apê de São Bernardo.
É semelhante à do Lulinha ser dono da Friboi. Ou ainda da sua empresa, Gamecorp, ter sido favorecida pela fusão da Oi/Telecom.
Agora, uma semanal fala de dinheiro em espécie, coisa de três milhões de reais. Aonde Lula teria enfiado esse dinheiro?
Chega a ser ridículo.
Acusa-se por convicção. Indicia-se e noticia-se uma delação, sem o menor apego à verdade dos fatos e ao princípio legal. É a anti-justiça em conluio com o anti-jornalismo.
Só não me espanta jornalistas, cujos salários nem de longe chegam aos honorários do Garcia, se prestarem a esse triste papel.
É de dar vergonha. E tristeza, muita tristeza.

Enquanto isso, o Dia Nacional de Greve, que mobilizou dezenas de milhares de trabalhadores em 21 estados mais o Distrito Federal, na última sexta-feira, não aconteceu para a mídia venal.
Para o jornalismo de esgoto, a verdade factual é uma quimera.