“Eu sei que fui vítima da maior mentira jurídica contada em 500 anos de História. Eu sei que a minha mulher, Marisa, morreu por conta da pressão e o AVC se apressou. Eu fui proibido até de visitar o meu irmão dentro de um caixão. Se tem um brasileiro que tem razão de ter muitas e profundas mágoas, sou eu. Mas não tenho. Porque o sofrimento que o povo brasileiro está passando é infinitamente maior que qualquer crime que cometeram contra mim. É maior que cada dor que eu sentia quando estava preso na Polícia Federal. Presto minha solidariedade às vitimas, aos familiares das vítimas das quase 270 mil pessoas mortas por Covid-19 e ao pessoal da área da saúde. Sobretudo aos heróis e heroínas do SUS.”
Não parei para acompanhar a coletiva do Lula. É que defini a quarta como o melhor dia para faxina aqui em casa, e essa é a quinzenal e a mensal, que pesam nos detalhes.
Dei boas risadas enquanto ouvia Luiz Inácio inundar o fim da manhã com sua profusão de sentimentos, jamais represados, sua “língua ferina”, seu humor sarcástico, sua argúcia, sua energia que atraí feito imã e a racionalidade de estadista que lhe é própria.
Pus-me a imaginar o capiroto-genocida assistindo de camarote a coletiva lá no Planalto, hipnotizado – depois vi em grupos do zap-zap e pelas redes um meme reproduzindo a imagem que me veio à mente; claro que montagem a partir das fotos dele babando em pronunciamento do defenestrado Trump, seu ex-ídolo.
Agora é o Lula quem ocupa a posição. Tanto é verdade, que algumas horas depois do pronunciamento e da coletiva, o capiroto-presidente apareceu em cerimônia fora de pauta, usando máscara tantas vezes repudiada, cercado pela equipe, toda de máscara, e defendendo a “vacina como nossa melhor arma”.
Disse Lula:
Efeito Lula imediato, na veia. O sujeito gosta de bordoada. Reação própria de moleque pego no banheiro com revista pornográfica.
Olha só:
– Eu me preocupo com a carta do Villas Bôas. E não é correto que um comandante das Forças Armadas faça o que ele fez. Acho que, se fosse eu fosse presidente da República e ele tivesse aquele comportamento, seria exonerado na mesma hora. Não está lá para dar palpite na política e decidir quem vai ser presidente ou não. As Forças Armadas existem para defender a soberania do país.