por Sulamita Esteliam
Retornei há pouco da casa da minha filha Gabi, a primogênita dentre as mulheres que trouxe ao mundo, e que me foi devolvida inteira, pela Graça, na manhã de ontem. Soube apenas hoje, 12.12.12, de manhãzinha, quando ela própria me ligou para dar a notícia, com a calma de quem se sabe abençoada: escapara ilesa de uma capotagem no sertão das Alagoas, para onde viajava a trabalho. O colega que a acompanhava, também, safou-se inteiro. O carro deu perda total.
Só pude ter com ela agora à noite, pois esta quarta foi dia de cumprir ritos inescapáveis – os quais mais adiante verei a conveniência de relatar. Viajo na madrugada desta quinta para Brasília, onde tenho compromissos familiares de outro ramo e outra monta -nossa árvore é frondosa e entrelaçada. Não poderia viajar sem conferir, a olho nu, o que ela atestara pelos meios da tecnologia.
A serenidade de Gabriela-Gabi-guerreira, em momentos e outros como este, não me espanta. De fato, ela está bem, afora uma insolação brava, com queimaduras de primeiro grau no colo e costas, e uma ou outra rouxidão que começa a aparecer nos pontos do corpo que levaram maior impacto. Passou pelo médico, depois de alguma insistência dos que a amam. O colega de trabalho idem. Tudo certo.
Agradeço aos Céus, ao Pai, à Mãe e aos Anjos Celestiais, a dádiva de tê-la rediviva – e o bônus da vida do Arthur, seu colega de trabalho.
E que se feche a porta do mal.
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Transcrevo o relato do acidente e posto algumas das fotos que ela postou no Facebook, ainda pela manhã. Vejam se não tenho razão de ser agradecida:
SUSTO GRANDE- NASCEMOS DE NOVO!!!

Ontem 11/12, sai de casa ás 4:00 em viagem a trabalho; destino, Delmiro Gouveia/AL, 423km de Recife. Estávamos eu e Artur Almeida. Na BR 423, mais ou menos no KM 15, já em Alagoas, faltando apenas uns 70 Km pra chegarmos no nosso destino, às 9:20, cena de cinema: um jumentinho atravessando a pista… O carro da frente, que andava mais ou menos a 100km/h, como eu, com o susto, freia bruscamente pra livrar o jumento. Eu tento frear, mas ia bater no carro da frente (que já estava parado). Puxo para a esquerda, na mão contrária, para livrar a colisão com o carro a frente. O jumentinho continua andando, indo para a mão da esquerda, à minha frente… ele e uma carreta. E eu, pra me livrar do jumento e da carreta, puxo a direção de volta para a esquerda… Capoto três vezes e caio no barranco.

