Pinheirinho, Vila Oliveira, Morro da Providência… quantos mais?

por Sulamita Esteliam

Há dias em que não adianta querer forçar a barra: o corpo e a mente estacam e exigem repouso. Foi o que aconteceu ontem. Cheguei em casa já noitinha, completamente exaurida. Não consegui tornar ao computador e cumprir a obrigação e o prazer diários de postar no blogue. Sei que me entendem.

Imagem capturada da reportagem do G1-Vale e Região/SP
Imagem capturada da reportagem do G1-Vale e Região/SP

Por isso, registro com um dia de atraso o aniversário de um ano da desocupação de Pinheirinho, em São José dos Campos/SP, completados neste 22 de janeiro. Verdadeiro massacre que este blogue publicou aqui, aqui, aqui e aqui.  Houve ato convocado pelos movimentos sociais no Estádio Poliesportivo do Campo dos Alemães, onde fica a comunidade, hoje um terreno baldio cercado e coberto de mato – também aqui.

Quanto as 1700 famílias, desalojadas com truculência de toda sorte, estas vivem do chamado aluguel social. Nenhuma solução até hoje. Por conta disso, o poder público, nos três níveis, é  alvo de críticas da Anistia Internacional, que divulgou nota a respeito. A edição desta semana de Carta Capital traz ampla reportagem sobre a situação de descaso.

Pinheirinho são várias Brasil afora. A violência e o desmantelo não conhece fronteiras. Seja a propósito da tal mobilidade urbana, seja em nome da propriedade sobre as vidas, lamentavelmente, a justiça social ainda é uma quimera. A despeito dos avanços, recentes, da nossa frágil democracia, também no campo da distribuição de renda e dos direitos humanos.

Que o digam as 20 famílias da Vila Oliveira, no Pina, Recife, que tiveram seus lares tratorados com o aval da Justiça e a omissão do Estado. Aconteceu em 06 de novembro último – aqui e aqui, neste blogue. O que é feito destas pessoas?

Busquei na rede e, de mais recente, só encontrei o vídeo abaixo, postado no blogue Vitrine Recife, a partir do Youtube. Trata-se de reportagem da TV Jornal, em 20 de dezembro:

http://youtu.be/r3hWU08944E

Enquanto isso, no Rio de Janeiro, centenas de famílias da Comunidade da Providência, a mais antiga da cidade, estão ameaçadas de perderem seus lares, “em nome do progresso”. O drama é relatado no curta Casas Marcadas, Menção Honrosa do 12º Festival Internacional de Cinema de Arquivo – Recine. Leva, dentre outras, a assinatura de Carlos R.S.Moreira, o Beto da Rede 3º Setor. Foi-me enviado pelo amigo Sérgio Telles, da Rede Liberdade, via Encontro Nacional de Blogueiros.

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