por Sulamita Esteliam

O Dia Nacional da Consciência Negra, data oficial no calendário social brasileiro desde 2011, é celebrado neste 20 de novembro. Foi escolhida pelos movimentos sociais na luta contra o racismo como ponto de inflexão, há mais de três décadas. Homenageia Zumbi dos Palmares, símbolo da resistência negra, morto em 1695 – clique para saber mais sobre o herói do Quilombo dos Palmares.
É sempre uma boa oportunidade para se refletir sobre as desigualdades que permanecem, e em alguns casos se agravam, como a violência física e institucional que vitimiza, em particular, jovens e mulheres negras.
Desafios à consciência nacional que os avanços, inegáveis, de uma década de efetivas políticas públicas, ainda estão longe de debelar. A tal da democracia racial brasileira é uma falácia desnudada a cada estudo dos institutos especializados – aqui, aqui e aqui neste blogue.
A Lei 12.519 deixa a estados e municípios a prerrogativa de decretar ou não feriado. Nos estados do Rio de Janeiro e em Alagoas é feriado; em Pernambuco, Minas Gerais, Maranhão e Bahia, não. Nas cidades de Belo Horizonte e São Paulo e outras mil Brasil afora, o 20 de novembro é dia de folga. No Recife e em Olinda, não – aqui a lista.
Há marchas, rodas de diálogo, debates, atos e festas nos quatro cantos do país, entretanto. Na capital pernambucana, as atividades se concentram na programação da I Jornada de Direitos Humanos no Recife, que abre nesta quarta e segue até o dia 10 de dezembro, Dia Mundial dos Direitos Humanos.
Na programação voltada para celebrar a Consciência Negra, há roda de diálogo com as comunidades de matriz africana, na sede do Afoxé Omobadê, em Jequiá, a partir das 8:00 horas. No mesmo horário, acontece na Unicap o seminário Racismo Institucional: da segurança pública aos direitos humanos.