
por Sulamita Esteliam
Tinha que ser Belo Horizonte a destoar. Das capitais em que houve manifestação das Mulheres contra Cunha e o PL 5069, só na capital mineira houve violência policial. Puro despreparo para lidar com situações em que é preciso usar a cabeça e o diálogo, ao invés da força.
Sobrou para o governador Pimentel (PT) explicar; afinal é ele o comandante em chefe da PM, e esse tipo de atitude não é admissível num governo popular democrático.
Note-se que em Minas, principalmente, foi à rua a juventude, basicamente. Se a PM do governador só conhece a truculência para lidar com gente, é hora de mudar a prática.
Bom lembrar que não é a primeira vez. Nas mobilizações pelo passe livre também houve excessos, e pelo que li na mídia local, o governador considerou normal a reação da polícia “que foi agredida”. Aí fica difícil entender.
Não consta que o governo do Estado tenha se colocado a respeito do ocorrido no sábado, por qualquer via.
É engraçado que, na minha terra, as coisas não são nomeadas como devem ser. Até na matéria publicada pelo coletivo Jornalistas Livres, a truculência policial, desmedida para a situação, foi definida com um eufemismo, e entre aspas: ‘contratempo’.
Fato é que no Dia do Saci, a bruxa andou solta em Beagá; e chegou montada em cassetetes.
E foi encarada aos gritos: ‘Polícia, fascista, fora já!”
Compartilho os acessos a dois vídeos que melhor retratam o que ocorreu por lá neste sábado. Está no FB, mão consegui incorporá-los:
https://www.facebook.com/video.php?v=912325938859083
https://www.facebook.com/video.php?v=912366378855039
E tudo havia começado de forma quase lúdica, na Praça da Liberdade:
1 – ‘Se Cunha fosse mulher, o aborto seria legal… e seguro’
2 – ‘Ai, ai, ai, ai, se empurrar o Cunha cai…’
Compartilho, também, como foi a manifestação em São Paulo, na sexta-feira 30, que reuniu 15 mil pessoas, segundo Carta Capital – e a PM paulista contou 300 pessoas. As imagens sugerem que alguém precisa de exame de vista, e não é o editor: