Sulamita Esteliam
Quis o destino, tangido pela letra torta da injustiça golpista, que o aniversário de 8 anos do A Tal Mineira fosse celebrado assim: com o recuo político forçado de um homem cuja grandeza permite traçar a rota de uma nação, mesmo estando preso.
O blogue segue na trincheira, cumprindo, modestamente, o papel que se propôs.
Este 11 de setembro não traz surpresas, mas atiça “a indignação e a revolta”, como tão bem sublinha a presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann. São bons combustíveis para enfrentar a desfaçatez, o escárnio.
Lula sabia que seria assim, todavia.
Tanto, que armou o jogo, ironicamente, em forma de um triplex – o verdadeiro triplex dos sonhos. Ele está de pé, e vincula seu nome, sua força, sua clarividência ao de seus indicados: Fernando Haddad e Manuela D’Ávila.
O golpismo não hesita diante da inteligência superior, bem o sabemos. Mas segue o roteiro previsível: não se depõe uma presidenta honesta, sem crime de responsabilidade, para deixar que o timoneiro retome o leme.
Com o Supremo, com tudo, não se esqueça.
Por isso o condenaram, sem provas e sem crime. Por isso o impingem a pecha de “ladrão de galinha”. Por isso o mantêm preso, em sucessivas violações constitucionais. Por isso o censuram. Por isso o vetam.
Eis a questão que até os adversários, com conhecimento jurídico e algum senso de razão e pudor, reconhecem. Alguns, publicamente, inclusive.
Se é que importa, discordo dos arautos do apocalipse, à esquerda, ao centro e ao largo de que seja mais um recuo do PT, que abusou. Lula encarcerado há 158 dias segue jogando o jogo, e sem blefe.
As últimas pesquisas de intenção de votos mostram que, contudo e apesar de tudo e de todos os seus algozes, Lula não apenas lidera, como transfere votos a quem indicar. Haddad, antes mesmo da unção, já embola o segundo lugar.
O que fará a casa-grande, doravante?
Concordo com quem avalia que o jogo eleitoral, por si, não derruba o golpe. Mas podemos vencê-lo por inanição.
E já que já que acionamos a roleta, no mínimo provamos que ela está viciada.
Fernando Haddad sabe disso e vai ao ponto quando disseca o porquê da crucificação de Lula, reconhece a tristeza, mas diz que é preciso seguir na luta:
“O Lula, o nosso Lula, nosso amigo, nosso querido Lula representou e representa um divisor de águas na história do Brasil, representou o antes e o depois. Porque o Lula é saído das entranhas do nosso povo.
Ele saiu de dentro do povo e chegou a presidência da república superando todos os obstáculos que a vida impôs. Obstáculos que ainda hoje são enfrentados por uma boa parte do nosso país, e chegou a presidência da república para mudar definitivamente a nossa história”.
“Você está sentindo a dor que eu estou sentindo. Mas não é hora de voltar para a casa de cabeça baixa. É hora de sair pra rua de cabeça erguida pra ganhar essa eleição!
Nós vamos ganhar essa eleição, pelo Lula, pelo PT, pelo PCdoB, pelos movimentos sociais e pelo Brasil, porque o Brasil merece essa vitória.”
É pra frente que se anda. Vençamos a banca, a manipulação, a cegueira, o arbítrio.
Agora, Lula é Haddad e Haddad é Lula.
Como diz Luiz Inácio Lula da Silva em sua carta-testamento:
“Já somos milhões de Lula, e agora Haddad é Lula para milhões”.
Dia 7 de outubro, como prega o genial Eustáquio Trindade Neto, meu amigo mineiro, “é 13 de cabo a rabo”!
Vai treinando aí…
No entanto, para #OBrasilFelizDeNovo” é essencial termos #LulaLivre!
Dia 7 de outubro: vote pela civilização e pela democracia. Recuse o fascismo e a barbárie.
VOTE 13 !! VOTE HADDAD PRESIDENTE !!! Para o Brasil voltar a crescer, e o povo voltar a sorrir.