O Brasil não merece tamanho desastre…

por Sulamita Esteliam

Confesso que fiquei penalizada em ver a imagem do capitão-presidente, em primeira viagem internacional, almoçando sozinho em uma lanchonete em Davos, Suíça, onde se desenrola o Fórum Econômico Mundial. Você não?

Isso depois de um patético discurso de 6 minutos, já considerados aqueles que envergonharam o Brasil, indelevelmente. 

A ponto de o economista Robert Shiller, prêmio Nobel de Economia não resistir e comentar:

“Ele (Bolsonaro) me dá medo. O Brasil é um grande país e merece alguém melhor. Ele me dá medo. Eu terei que ficar longe do Brasil”.

O nome disso é despreparo. E a mídia europeia deita e rola

Um tatibitate em que escancarou as pernas do Brasil para a rapinagem internacional e errou, inclusive, a área de florestas do País. Temos a segunda maior cobertura de matas do mundo, depois da Rússia, embora não tenha a maior área florestal preservada.

O capitão-presidente falou em 30% do território brasileiro coberto por florestas, quando estudo recente do Banco Mundial fala em 59%.

Talvez porque em seus planos ou de sua equipe, se é que os têm, considere o percentual suficiente para seus propósitos de desmatamento. Tipo a gente tem muito então pode entregar uma parte, sem problemas.

Isso sem falar no grande escândalo nacional envolvendo o primeiro filho, ampliado nesta segunda, em Rio das Pedras, no Rio de Janeiro.

A prisão de milicianos, ex-PMs, coloca a família do marrento no ninho de cobras da milícia mais temida daquelas paragens.

Não por acaso, suspeita de executar Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, há pouco menos de um ano.

Vale à pena ler o comentário do colega carioca Fernando Brito, que conhece o território, muitíssimo sagaz, a respeito. Está no Tijolaço: O Dia em que Rio das Pedras foi mais importante que Davos.

E olha que o inferno astral do capitão-presidente só começa em 21 de fevereiro.

Impossível não comparar com a presença espetacular de Luiz Inácio Lula da Silva, em sua primeira incursão ao Fórum Econômico Mundial, em 2003. Não sem antes prestigiar o III Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, pela primeira vez como presidente da República.

A distância entre o operário-estadista, colocado na cadeia para não voltar à Presidência da República, e o capitão reformado-oportunista é de anos-luz.

E agora, Brasil!?

Triste Brasil.

 

 

Um comentário

  1. Você fez bem em colocar o vídeo da participação de Lula em Davos. Realmente a diferença entre ele e a apresentação de Bolsonaro hoje é enorme, não só pela argumentação do discurso de Lula, mas também pela desenvoltura, confianca e segurança no que diz. Bolsonaro envergonhou o país pela sua ignorância. Um abraço da Mariluz.

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