por Sulamita Esteliam
Vou de carona nesta quinta-feira, antes que me torne abóbora. A dona Maria incorporou legal nesta quinta-feira, e não tenho mais energia para escrever. Sorte sua, porque o humor continua macambúzio, apesar da faxina.
Franklin Martins, jornalista, ex-apresentador da TV Globo, que se tornou ministro da Secretária de Comunicação Social do governo Lula, concedeu entrevista ao Tutameia. O sítio de jornalistamo alternativo é comandado pela dupla Eleonora e Rodolfo Lucena.
É sempre interessante ouvi-lo, mas Franklin andava sumido. Na entrevista, ele analisa o Brasil pós-eleições municipais, a partir de São Paulo, com a grande novidade política que emerge do 1º turno: Boulos-Erundina e a frente de esquerda que se forma a partir do resultado das urnas.
“Vamos assistir nos próximos meses a um fortalecimento da ideia de unidade. Até onde isso vai chegar, eu não sei. Existe no PT, no Psol, no PCdoB e fora dos partidos, nos movimentos sociais, sindicais. Existe a ideia de que a unidade é possível.”
“O eleitor construiu uma frente e deu um recado muito forte para os líderes políticos. Apareceram atores novos, lideranças políticas novas e que não estão querendo agredir o PT para crescerem. Estão querendo trabalhar junto, com a sua identidade, com sua capacidade, com a sua história”
Com clareza que lhe é própria, também examina o Brasil da pandemia, que está longe de acabar, seus reflexos politicos e o agravamento da crise econômica e social, que atinge sobretudo, os pobres, os negros e as mulheres.
“Para defender os pobres, tem que defender os negros. Isso é essencial. A nossa elite não entende o Brasil. A nossa esquerda tem que entender o Brasil. Entender o Brasil é: não basta não ser racista; temos que ser antirracistas. Não basta ser a favor da igualdade das mulheres; temos que combater tudo aquilo que é ataque aos direitos das mulheres.”
“A esquerda é renovação, progresso, direitos humanos, igualdade. A direita não convive com a igualdade, ela acha que pobre é pobre porque merece ser pobre. A esquerda acha que pobre é pobre porque não tem oportunidade. Não é só uma disputazinha eleitoral. É uma disputa sobre que país que nós queremos ser”.”
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Eis o vídeo com a entrevista: