por Sulamita Esteliam
Cá para nós, que morra de dor de cotovelo, inveja ou coisa que o valha a turma do contra, mas que dá um orgulho danado ver Lula brilhar nas Europa, ah isso dá.
Pouco importa que o PIG se roa dos calcanhares aos cotovelos. Que se preocupe em lustrar o puleiro do marreco com atestado de suspeição. Que opte por mostrar a turistada oficial do capiroto-presidente, família et caterva por Dubai e que tais – comitiva que inclui o desembargador que julga seu filho 01.
A prática do me engana que eu gosto nos trouxe até aqui. Não nos levará a lugar algum, sequer ao fundo do poço, que inexiste. Se há quem prefira chafurdar no pântano, digo que nós merecemos a luz.
Entramos em contagem regressiva para mudança de planos.
Se a mídia nativa passa ao largo e não dá a importância devida, a imprensa internacional cumpre seu papel e faz as honras da casa. E aqui não vai qualquer complexo de vira-latas, tão ao gosto da patuleia aspirante a gente de bem. Ao contrário, é o pertencimento que nos move.
A História captura a mensagem que fica: Lula, ex-presidente, é recebido com honras de chefe de Estado e dá ao mundo o recado necessário: O Brasil pede socorro, mas aqui tem luta e tem brio.
O prêmio Coragem Política, da prestigiosa Revista Politique Internationale, recebido nesta quarta-feira, em Paris, foi o convite-gancho para a turnê mundial. Que começou pela Alemanha e passou por Bruxelas, na Bélgica. Lá, foi aplaudido de pé no Parlamento Europeu, antes e depois de discursar.
Um discurso que enche o peito da gente de esperança. Farol para a possibilidade de um Brasil e um mundo menos desigual, com respeito às pessoas e ao meio ambiente, sem fome , sem violação de direitos humanos e da democracia como princípio civilizatório.
Vale ouvir o que disse José Luis Zapatero, ex-presidente espanhol, ao saudá-lo, como “o homem que falou aos pobres”:
Em Paris, Lula dedicou a honraria da Politique Internacionale ao povo brasileiro, “que ao longo de décadas e séculos enfrentou com grande determinação a opressão, a injustiça social e os ataques a seus direitos democráticos”.
A gente brasileira resiste “com coragem e ousadia aos efeitos das políticas de destruição de um governo de extrema direita, que não tem nenhum apreço pelo povo, pela vida e pelo Brasil, cuja política internacional envergonha a imensa maioria dos brasileiros”. Palavras de Lula.

Voltou a discursar no Instituto Science Po, de onde é doutor honoris causa há 10 anos, e propôs conferência mundial para definir governança global: Qual o lugar do Brasil no Mundo de amanhã?
Encontrou-se com a prefeita de Paris, com o ex-presidente François Hollande e foi recepcionado por Emmanuel Macron, o presidente francês, com honras de chefe de Estado; o mesmo que se recusou a receber o coisa ruim.
Antes, na Alemanha, esteve com o vice-chanceler Olaf Scholz, que deve substituir Angela Merkel como primeiro-ministro.
O último dos quatro países visitados pelo ex-presidente é a Espanha, agenda desta quinta-feira. Encontro com o presidente Pedro Sánchez, no Palácio de Moncloa, sede do governo espanhol, participação de seminário e se encontra com trabalhadores.
Depois de tudo que passamos, e a escuridão a que nos submetem, é de lavar a alma. Respeitem Luiz Inácio Lula da Silva!
Ele não é Deus nem milagreiro, mas poucos chegaram tão longe, saindo de onde saiu, superando as barreiras e tropeços da longa estrada. Que o Universo siga bom cúmplice de sua caminhada.
O mundo aplaude e o Brasil agradece.
