por Sulamita Esteliam
O Sol em Sagitário me deixa à beira da combustão. Sempre foi assim, e a cada ano mais do que os que já se foram no vento. É final de meu ciclo pessoal, e fico em estado tal que não me aguento.
Não, nada de inferno astral, por que isso é um tremenda bobagem. É coisa do meu mapa, mesmo, do tipo fogo sobre terra, assoprado pelo ar. A água que entra vira lama ou ferve de pronto.
Vênus – o amor, o relacionamento – cavalga no lombo do centauro, ora no governo. No meu caso, de mãos dadas com Mercúrio – a racionalidade e a comunicação – e sob as rédeas do Sol capricorniano – o nascimento, o centro. Tudo na casa 10, que faz do trabalho sua relação com o mundo.
É explosão meteórica.
Principalmente para quem tem Marte no ascendente, a conquista em todos os sentidos, e Saturno, suas inseguranças, medos e ponderações, os dois juntos no reino de Escorpião.
Melhor não cutucar.
Sorte que estou de férias, por força das circunstâncias, flanando na terrinha, curtindo os netos, a família, gente amiga da banda de cá.
Mas o fato é que ando meio desnorteada, pois há muito o que fazer, e o tempo, a cada ano, fica mais curto.
Há um tempo em que é preciso deixar a vida rolar ao sopro do vento para ver no que vai dar. Há um tempo em que é preciso retomar o leme e retraçar a rota. Tempo de recomeçar.
Estou com saudades de casa, do Recife e do maridão – não necessariamente nesta ordem -, e em contagem regressiva para o amanhã.
Hora de voltar para casa.
**********************************************************************************