Uma quarta-feira para ficar na história

Ministros Celso de Mello e Lewandowski do STF, dois dos seis votos a favor dos embargos infringentes
Ministros Celso de Mello e Lewandowski do STF, dois dos seis votos a favor dos embargos infringentes
por Sulamita Esteliam

Rápida introdução: sei que desagrado muita gente ao tratar do assunto aqui. Mas, quem tem medo de cara feia não faz careta no espelho.

Devo advertir: insisto nas boas notícias.

Vamos ao ponto: na lista da semana, incluo o restabelecimento do princípio do direito encerrado no voto do ministro Celso de Mello a favor do acatamento dos embargos infringentes de 12 condenados na ação penal 470, de lamentável trajetória no Supremo.

O desempate, para além da firmeza do decano ante à pressão obscena da opinião publicada a influenciar a opinião popular, possibilita à Corte livrar-se da pecha de tribunal de exceção. Eis o fundamental. A preservação dos direitos fundamentais garante a democracia.

Bom que tenha sido Celso de Mello; aliviar não é com ele. Sua trajetória, para quem acompanha, não contempla vacilos. E não é candidato a Batman.

A segunda chance é sempre uma chance – até para reeditar as sanções. Quem tem pressa come cru e bebe gororoba.

Com todo o respeito ao talento, ridículas no jogo da plim-plim, no Istagram
Com todo o respeito ao talento, ridículas no jogo da plim-plim, no Istagram

Sim, os justiceiros de plantão, de todo canto e qualquer gênero, podem continuar a exercer suas preocupações com a moralidade nacional. Exigir o julgamento das tramoias tucanas e de afins, recuado para as Minas Gerais, é excelente começo.  Onde o destrinchar da meada finda já é outra história que pode levar ao precipício.

Por exemplo. Pois que o espaço e tempo a que disponho para tratar no assunto não comportam o rol de malfeitos nunca dantes tocados; ou singularmente travados no meio do caminho.

Ou como bem resume o colega Bob Fernandes, no vídeo mais abaixo, “justiça se faz com lei, não com o fígado. Psicose se trata com psiquiatria, na psicanálise”.

Bom, paro por aqui. Antes, sugiro a leitura de análises dignas do nome de alguns coleguinhas mais plugados: Ricardo Kotcho, Renato Rovai, Paulo Moreira Leite, Luiz Nassif, Miguel do Rosário.

Se quiserem, podem revisitar outras postagens afins neste blogue – aqui e aqui.

E para fechar, o comentário de Bob Fernandez, na TV Gazeta, na histórica quarta-feira, 18 de setembro deste ano de 2013:

 

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