por Sulamita Esteliam
A semana de trabalho começa com boas notícias no campo de luta pela democracia na Comunicação: em Belo Horizonte, Minas Gerais, nesta terça, às 19:00 horas, inaugura-se o núcleo mineiro do Centro de Mídia Alternativa Barão de Itararé; em Bruxelas, na Bélgica, o Parlamento Europeu segue o exemplo brasileiro e aprova o Marco Civil da Internet, tento o princípio da neutralidade como guia. Viva!
Da mesma forma que no Brasil, o Parlamento Europeu decidiu que o setor de telecomunicações não poderá dar prioridade diferenciada para determinados tráfegos na Internet. Também a exemplo daqui, cujo projeto aprovado pela Câmara dos Deputados ainda precisa passar pelo Senado, a decisão final é do Conselho Europeu, o que deve ocorrer ainda este ano.
Os conglomerados privados de telecomunicações mundo afora estão se roendo, pois são visceralmente contra o princípio da neutralidade na rede. Significa a não interferência dos donos de infraestrutura na Internet no fluxo de conteúdos que por ela transita, sem custos exorbitantes. Ou seja, garantia do direito à liberdade de expressão – mais no sítio do Barão.
Tem mais sobre o assunto aqui e aqui neste blogue.
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Em Beagá, o lançamento do Barão de Itararé traz debate importante, sobretudo para quem se informa via mídia convencional: em pauta, os “Livros Proibidos” dos colegas Amaury Ribeiro Jr – A Privataria Tucana e Palmério Dória – O Príncipe da Privataria; e Desvendando Minas, os Descaminhos do Projeto Neoliberal, coletânea de artigos organizados por Gilson Reis, professor e sindicalista, e Pedro Otoni, economista.
O primeiro livro, por exemplo, foi lançado em dezembro de 2012, bateu recorde de vendas. A primeira edição, de 15 mil exemplares, esgotou-se no dia do lançamento, obrigando a Geração Editorial a reimprimir mais 80 mil exemplares. Não há encalhe, a despeito do silêncio retumbante da mídia – mais no Vi o Mundo.
Também pela Geração Editorial, o livro de Palmério Dória foi parar na lista dos mais vendidos na categoria Não Ficção da Folha de São Paulo. Ironicamente, o jornalão paulista, a exemplo de outros veículos do PIG, não havia divulgado uma linha sobre a obra, que foca o governo FHC – veja no Maria Frô e também no Conversa Afiada.
Os descaminhos de Minas analisa em três artigos os governos Aécio Neves/Anastasia e o seu dito “choque de gestão”. Uma tentativa de quebrar a blindagem da mídia e desvendar 11 anos de governo “de resultados” – para quem?


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