Devo desculpas pela falta de atualização do blogue na última sexta-feira e no sábado. Tive compromissos de trabalho inadiáveis e não sobrou tempo nem energia para chegar até aqui.

Então, recupero um assunto que me foi sugerido por Marina Lacerda, via FB, na quinta-feira: é que a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados vai ao Pará acompanhar a apuração da chacina em Belém do Pará na madrugada do dia 05, na periferia da capital paraense, conforme divulgado pelo A Tal Mineira, semana passada – e reproduzido com destaque no Vi O Mundo.
O requerimento, de autoria da deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS), foi subscrito pelos deputados Nilmário Miranda (PT-MG), Luiz Couto (PT-PB), Domingos Dutra (SD-MA), Jean Wyllys (Psol-RJ), Iriny Lopes (PT-ES), Erica Kokay (PT-DF), e Renato Simões (PT-SP para acompanhar a apuração da chacina em Belém.
São nove o número de mortos, oficialmente reconhecidos, possivelmente por milicianos, como represália ao assassinato do PM Antônio Marcos da Silva Figueiredo, o cabo Pety. Mas o número pode ser muito superior. O massacre foi convocado pelas redes sociais, inclusive na página da própria Rotam-PA no FB.
Não há data definida para as diligências dos deputados, ainda. Antes, a CDHM vai solicitar informações junto às autoridades paraenses. Estas, por sua vez, prometem “rigor absoluto” na apuração dos crimes, e apoio do Estado às famílias das vítimas.
Como escreve o deputado Nilmário Miranda (PT-MG), no Facebook, “é claro que os três suspeitos da morte do PM Figueiredo têm que ser identificados, presos, investigados, processados, condenados, punidos. Na forma da lei”. A questão, ressalta, é que “a PM não pode agir como os bandidos”.
Em coletiva de imprensa, na quinta-feira, 6, o governador Simão Jatene (PSDB) lamentou a “experiência dramática” e disse que “o Estado está fazendo o possível para minimizar o sofrimento desses familiares”. Acrescentou que é dever do governo”dar soluções aos casos e evitar que a impunidade termine contribuindo para a reprodução de mais crimes”.
A entrevista contou com a participação do secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Luiz Fernandes Rocha, do comandante geral da Polícia Militar, coronel Daniel Mendes, do delegado geral de Polícia Civil, Rilmar Firmino, e do corregedor da PM, coronel Vicente Braga.
No dia anterior, a Secretaria de Segurança Pública do Pará reuniu-se com representantes da Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de Belém e do Conselho Nacional da Juventude e de moradores dos bairros Guimá e Terra Firme – duas das comunidades mais atingidas pelo terror – e outras áreas do governo. Em pauta a investigação da chacina e busca de soluções para as consequências dos assassinatos, tanto no aspecto da segurança pública, como no atendimento às famílias.
O secretário de Estado de Segurança e Defesa Social, Luiz Fernandes Rocha assegurou que “todas as medidas policiais estão sendo tomadas e que a contribuição da sociedade é fundamental para o esclarecimento do caso e prevenção de atos de violência.” Para ele, a melhor prevenção de crimes desta natureza “é responsabilizar os autores”
Também na quinta-feira, 06, o governo federal enviou a Belém os ouvidores nacionais de Direitos Humanos e de Promoção da Igualdade Racial, além do coordenador executivo do Plano Juventude Viva, da Secretaria-Geral da Presidência da República.
Bruno Renato Teixeira, da SDH-PR disse que a intenção “é colaborar com o trabalho que está sendo desenvolvido, de forma séria e célere, pelas autoridades de segurança do estado, e auxiliar na difusão das informações oficiais sobre as investigações realizadas pela Polícia Civil”.
A Anistia Internacional também está acompanhando de perto as investigações.
A conferir.
Transcrevo a Nota Pública divulgada pela CDHM: