por Sulamita Esteliam
Vou pegar carona no DCM e reproduzir o vídeo da senadora Kátia Abreu (ex-PMDB-TO) em seu primeiro discurso no Senado depois que foi expulsa do partido. Pense numa mulher de respeito!
A expulsão foi uma violência, sem dúvida, em represália à sua postura decente de opor-se à fraude do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, a legítima.
Mas, como ela própria afirma, é para ostentar no currículo. E foi exatamente esse o meu comentário no Twitter ante a manifestação de solidariedade de Dilma diante da notícia, há uma semana.
Duas mulheres valentes que se reconhecem e se cultivam. Embora tenham convicções políticas e tenham tido trajetórias completamente diversas do ponto de vista ideológico. Dilma foi guerrilheira, Kátia dirigiu a Confederação Nacional da Agricultura, aglutinadora do agronegócio.
O tempo e as circunstâncias políticas se encarregaram de colocá-las lado ao lado, não sem protestos dos apoiadores da presidenta, esta velha escriba, embora pouco ou nada represente, dentre os quais.
E a oposição que a escolha de uma pela outra para parte da equipe sofreu, revelou-se pequena ante a postura íntegra e leal da senadora. Devo, pois, tirar o chapéu para Kátia Abreu, da mesma forma que o faço para Dilma, mulheres de fibra.
Boa de fala e boa de briga, Kátia Abreu não tem medo de assombração “Sigo na política. Sigo com ética. A democracia não aceita opressão”.
Diz, com todas as letras no que se tornou seu ex-partido, e não se furta a dar nome aos bois. Para ela, o colega Romero Jucá, por exemplo, presidente nacional do PMDB, é o que tem demonstrado ser: “crápula, canalha e ladrão de vidas e almas alheias”.
Assista ao vídeo: