
por Sulamita Esteliam
Após a postagem da terça-feira, já noite avançada, li que a defesa do ex-presidente Lula havia recorrido ao STF para tentar garantir a presença dele no funeral do irmão Vavá, negada pela república judicial morocuritibana – assim como vai peticionar para que ele possa ir à missa de 7º dia.
Não me dei ao trabalho de acrescentar.
Tem coisas que a gente só pode torcer para estar errada, já disse. Mais uma vez não estava.
Não há brio no sistema de justiça do Brasil, há conluio, com o STF, com tudo. Res-pública do jeitinho e do faz de conta, vigora a democracia bananeira.
É um coquetel de deboche, covardia e canalhice, tudo junto e misturado. Escárnio para ninguém botar defeito, tão bem descrito pelo conterrâneo Beto Mafra em texto que compartilho mais abaixo.
E o Dias Toffoli, francamente! Deixa a gente com saudades da Cármen Lúcia vampiresca. Deveria despir a toga e envergar a farda que tanto alisa.
Provado está que a súcia que tomou de assalto o País, ora legitimada pelo voto – manipulações e ilegalidades à parte – não se preocupa em surpreender.
Na verdade, como já escrevi aqui na postagem anterior e em diferentes ocasiões, a horda se borr de medo e inveja do que Lula é e representa.
E é preciso torná-lo invisível.
Pergunto-me o que farão com Lula caso ele venha a falecer no cárcere – e que o Universo não entenda como desejo, muito antes pelo contrário… queremos Lula livre, com saúde e disposição íntegras. Sua força e presença revigoram a nação.
Não obstante, na desdita, será que vão esquartejá-lo, salgá-lo e espalhar seus restos mortais em diferentes postes em praças públicas Brasil afora, como fizeram com o inconfidente Tiradentes?
– Será que a lei só não vale para mim!?
É o que Lula se pergunta, e o Brasil deveria se perguntar.
Seu advogado, Manoel Caetano Ferreira, traduz, após visitar o cliente mais amado e odiado do Brasil no cárcere da PF de Curitiba:
– A decisão foi absolutamente inócua. E o presidente não aceitaria se reunir com familiares num quartel.
A imprensa internacional não perdoa e repercute o arbítrio com espanto.
Só falta dizer que, no vai da salsa, vão terminar contribuindo para eleger Lula Nobel da Paz. A votação termina nesta quinta, 31.
Em Terra Brazilis quem melhor descreve o roteiro da indignidade a que assistimos, estupefatos, nas últimas horas, é o conterrâneo Beto Mafra; com a mordacidade que lhe é peculiar.
Sou grata pela generosidade do partilhamento.
Morreu o irmão Vavá
(um roteiro de crueldade)
por Beto Mafra – no zap-zap militante
Lula, como qualquer brasileiro, tem o direito de velar seus familiares, mas, em princípio, a Górgona Lebbos, carcereira e torturadora psicopata, negou.
Depois, se submeteu a uma “consulta” ao MP, que pediu ajuda à PF, que alegou “falta de recursos” e devolveu ao MP com prazo de 24h.
Deixaram o morto incômodo esperando até as 13 horas de hoje, 30/01, hora do enterro, quando o morto se cansou da maldade e pediu para encerrar a cerimônia.
Nesse momento, o STF, humanitariamente, permitiu que o morto fosse visitar seu irmão sequestrado em algum quartel, inclusive, generosamente, permitindo a presença de outros familiares.
Mas os coveiros já tinham terminado sua tarefa e o Vavá, morto e enterrado, ficou impedido de dar seu último adeus ao irmão querido.
Alguns seres comemoram discretamente, outros com escândalo, nenhum deles tem noção do que seja dignidade.
O horror!
O horror!
PS: Agrego vídeo com a fala da filha de Vavá, Andrea Marin da Silva, sobre a dor da família e a ignomínia praticada contra Lula e os seus.
– Oro para que eles não passem pelo que a gente está passando. Meu pai não merecia isso…
Havia programado incluí-lo na postagem, mas me perdi nas emoções do dia e na emergência da hora. Ei-lo, pois:
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Potagem atualizada às 11:59 hs, hora do Recife: inclusão do vídeo com a sobrinha do Lula.