por Sulamita Esteliam
Primeiramente, devo me desculpar pela ausência prolongada na atualização do blogue. Não é por descaso.
Impossibilidades técnicas no equipamento de trabalho e, depois, de gerenciamento do tempo, durante uma semana de viagem para compromissos familiares, nos colocaram de férias forçadas.
Retomo neste feriado de Natal, para não deixar passar em branco o abraço e o reconhecimento devido a quem se dispõe a acessar o A Tal Mineira. Mesmo com as limitações do não compartilhamento nas redes sociais gerenciadas pelo Facebook – o próprio e também o Instagram.
Seguimos sob censura inexplicável, a não ser pelo fato de que a administração é feita por robô. A denúncia de “conteúdo abusivo” prevalece, apesar de sucessivos recursos e busca de caminhos.
Mas este é um problema que deixo para solucionar ano que vem. Por enquanto, compartilho texto que postei em meus perfis pessoais nas redes, para agradecer e seguir praticando o verbo esperançar de que podemos, sim, vencer as sequelas do carma Brasil.
Obrigada a você que me honra com o acesso diário ou eventual.
Vamos em frente no ritmo possível.
Ao texto:
Não podem nos tirar o direito de existir e à integridade
Então, é Natal! E é bom que a gente se pergunte, como diz Lennon, o que fizemos no ano que termina, e o que faremos no ano que começa recomeça.
Nāo sei quanto a você, mas digo que fiz o possível: mantive a minha indignação e solidariedade ativadas, protestei, agi naquilo que me coube; também liguei o foda-se para compensar a impotência.
Resisti.
A opressāo nāo encontra veredas na minha seara.
Ri, chorei, abracei, beijei. Viajei muito, quase sempre a trabalho, revi e fiz novxs amigxs. Recebi e pratiquei a empatia.
O perdāo nāo cabe a mim, reles mortal. Cada qual colhe o que planta, é a lei do Universo.
Farei tudo de novo, enquanto houver sol e o tempo me alcançar de pé, com a mente aberta, a espinha ereta e o coraçāo tranquilo, nos versos eternos de Sérgio Brito e Walter Franco, que tricoto livremente.
Sigo amando a vida sem abrir māo da coragem de encarar e dizer nāo ao que nāo é justo nem real. Olhar ao redor nos ajuda a agradecer e acolher.
O amor e a liberdade de ser e criar são antídoto contra os desmantelos e o egoísmo da indiferença. Combustível para aquecer a esperança desfalecida.
Nāo podem nos tirar a alegria de existir e o direito à integridade.
Sigamos no embalo do poeta Drummond: vamos de māos dadas, nāo nos afastemos.
Caminhemos em harmonia com o que nos faz bem e o que nos dá força para nāo nos perdemos em nossa excessiva humanidade; é quando damos vazão à animalidade.
Por isso estamos aqui.
Um Natal de luz, harmonia e alegria, feliz apesar de… Que a esperança, a indignação, a generosidade e a busca da equidade nos mantenham presentes. 🙌🏼🌻💖☀️🌟
Sulamita