por Sulamita Esteliam
Triste ver a Polícia Federal, que um dia – pós-ditadura civil militar -, nos pareceu republicana, seguir refém do arbítrio personificado no ex-juiz-inquisidor de província, Sérgio Moro, ora (des)ministro da Justiça do desgoverno miliciano.
O indiciamento do ex-presidente Lula num inquérito que criminaliza sua atividade de palestrante, comum em todo planeta a todo e qualquer ex-presidente de destaque, é mais do que bizarro. É pura escrotice.
É mais um showzinho barato e indigno para infernizar a vida de Lula e de todos que o cercam, familiares, amigos, admiradores.
Isso sem contar a omissão gritante da mesma polícia do mesmo ex-justiceiro diante da barbárie que solapa o país. Verdadeiros atos de terrorismo, como o que atingiu a sede do Porta dos Fundos, no Rio de Janeiro, em meio às celebrações do Natal.
Ataques à liberdade de expressão se tornaram mantra de um desgoverno que dissolve a educação e torna a cultura uma ofensa.
Tudo para esconder o lamaçal da flamilícia que ocupa o Planalto e que o arauto da moralidade, por covardia e/ou conivência, finge não perceber.
Então, fechamos o ano com mais do mesmo: perseguição política, desmonte de reputação, abuso de autoridade, justiça do inimigo, barbárie, omissão.
Com o auxílio luxuoso da mídia venal, que segue sendo que o sempre foi: transmissor dos desejos de elite predadora e sórdida. Mas que morre de medo do sapo barbudo, pela sua capacidade de falar direto ao povo mais humilde; ao menos a parcela que se recusa a ser gado.

Sorte, também, que Luiz Inácio Lula da Silva, maior do que todos eles, tem canais alternativos para se expressar.
Deixo o acesso à entrevista que ele concede esta noite à TeleSUR, na qual fala do ódio dissiminado, sobretudo, a partir das manifestações de junho de 2013, pontapé da articulação para derrubar a presidenta Dilma Rousseff.
A TeleSUR transmite para toda a América Latina, menos para o Brasil: