por Sulamita Esteliam*
Há um dito popular de que “o rio corre pro mar”, mas o esgoto também. Então, o Brasil, está na profundeza abissal pantanosa faz tempo.
Desgovernado por antas da internet, a pressionar um manipulador psicopata, que se acha esperto e e engraçado andar na contramão.
Agregue-se a entourrage despudorada, com ou sem farda e temos pronta a babel. Há que buscar saída para emergir, mas estamos todos atordoados ou indiferentes demais para encontrá-la.
Leio na Revista Fórum, que costura informações divulgada pela Folha de São Paulo: “Todos perderam com a pandemia de Coronavírus. Mas os pobres perderam muito mais, ao menos nas regiões metropolitanas.”
Na média das 22 regiões metropolitanas, a escala é decrescente, assim: os 40% mais pobres perderam 32,1% da renda; os 50% intermediários 5,6% e os 10% mais ricos 3,2%. Entendeu?
A desigualdade grita quando é feita a comparação racial: negros receberam 57,4% da renda dos brancos. Há regiões onde a diferença de renda entre brancos e negros é menor: Macapá (73,1%), Florianópolis (70,6%) e Goiânia (70, 4%). Segundo o boletim nestas regiões a desigualdade geral é menor.
Salvador, aponta o estudo, foi a metrópole onde os mais pobres perderam mais renda: 57,4%.
Os dados são do primeiro boletim Desigualdade nas Metrópoles, e compara dados do segundo trimestre de 2020 com o igual período do ano anterior. Restringe a análise ao fruto do trabalho, sem incluir o auxílio emergencial.
Estudo de pesquisadores da PUC Rio Grande do Sul, em parceria com Observatório das Metrópoles e RedODSAL – Observatório da Dívida Social na América Latina. A fonte dos dados sobre renda é o Pnad do IBGE – Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar.
A Folha interpreta os dados de forma mais explícita, já no título: em metade das regiões metropolitanas do país, os ricos estão mais ricos. Portanto, os pobres estão mais pobres.
Ora, ora, ora! O óbvio, não raro, tem que ser ululante para a gente cair na real.
Aquela história de que a pandemia é igual para todos é a maior balela que já se tentou contar neste mundo de meu Deus. Basta, no caso do Brasil pele menos, checar o estrato social da maioria dos quase 160 mil mortos até aqui, subnotificação à parte.
O coeficiente de Gini também o crescimento na desigualdade na renda: na média das 22 regiões analisadas, chegou a 0,640 no segundo trimestre de 2020. No mesmo período de 2019, estava em 0,610. A comparação com o primeiro trimestre deste ano mostra que a distância entre topo e base também aumentou, de 0,610 para 0,640.
Na escala do Coeficiente de Gini, quanto mais próximo de zero mais igualdade total de renda. A desigualdade é maior à medida que se aproxima de um.
*Fontes citadas:
Revista Fórum: Pobres perdem 32% da renda com a pandemia, enquanto ricos perdem 3%, diz estudo