Enquanto isso, no Brasil…

por Sulamita Esteliam

No vácuo das atenções da mídia voltadas para as eleições no império do Norte – traduzida na charge espetacular do internacional Cau Gomez -, o Congresso brasileiro arma uma casa de caboclo para o futuro dos pobres mortais.

E a Justiça faz mais das suas – para o bem e para o mal.

O alerta veio, primeiro, do sempre atento amigo Márcio Metzker, sobre as votações no Congresso, via grupos no zap-zap. Um leve puxão de orelhas no complexo de vira-latas.

Refere-se, primeiro, ao projeto de lei que promove a independência do Banco Central, para os bancos acabarem de arrombar a festa e o desemprego reinar absoluto. E o Senado, de fato, aprovou. 

O Jornal GGN, do Luís Nassif, e o BBC Brasil trazem informações completas a respeito. Detalhes nos links ao pé da postagem.

Enquanto isso, em sessão conjunta, Câmara e Senado, de concluio, derrubaram o veto presidencial para a desoneração da folha de pagamentos das empresas durante a pandemia.

Bom para as empresas. Mas foi jogo de faz de conta. Houve liberação da bancada do Centrão, por sugestão do próprio desgoverno, que gosta de brincar de domínio.

A Câmara dos Deputados, por sua vez, aprovou a retirada de nada menos que R$1,4 bilhão da educação básica para obras de infraestrutura e saúde. 

Envolve o remanejamento de recursos de oito ministérios, de modo a liberar um crédito de R$ 6,1 bilhões para tais investimentos. 

Resumo da ópera: para vestir um santo, deixa o outro nu. Nada mais a cara deste desgoverno, que não tem pudor em ser ruim e irresponsável.

Mas há mais fatos relevantes que vieram à tona nos últimos dois dias.

Nesta quarta, por exemplo, o corregedor-eleitoral do TSE, finalmente, liberou para votação o primeiro dos quatro processo que pedem anulação da chapa vencedora das eleições presidenciais.

O capiroto e o vice são acusados de irregularidades durante a campanha, dentre elas o disparo em massa de notícias falsas, as tais fakenews. 

Agora só depende da boa vontade do presidente do tribunal, ministro Carlos Barroso.

E pode até ser que agora interesse, já que o ano chega ao fim, e não há mais risco de eleição direta, que pode favorecer candidato da esquerda, indesejável.

Se a chapa for caçada, quem assume é o presidente da Câmara, que tem até três meses para convocar nova eleição, no caso indireta. A escolha é via Congresso, o que deixa a coisa mais sob controle dos sem-votos.

Há três outros fatos importantes, ocorridos desde a terça-feira, 3, que podem ter passado ao léu para muita gente com a fixação dirigida ao que acontece na terra do Tio Sam.

São eles:

 1) O ministro Edson Fachin, do STF, negou recurso da defesa do ex-presidente Lula de suspender a tramitação do processo do Triplex do Guarujá. 

Aquele imóvel que não é dele, mas que a Lava Jato, mesmo admitindo falta de provas o condenou à prisão por 9 anos, transformados em 12 anos pelo TRF-4.

A defesa de Lula argumenta que é preciso aguardar o julgamento da suspeição do então juiz-inquisidor Sérgo Moro no caso.

Ele que agiu ao revés da lei, e como parte interessada no resultado, que era tirar Lula da disputa eleitoral e garantir seu, dele Moro no futuro governo do capiroto.

Fachin sempre age como para barrar as chances de Lula vir a libertar-se de vez. 

2) Ainda no capítulo Justiça, a presidenta Dilma Rousseff foi inocentada pela Comissão de Valores Mobiliários de irregularidades na construção da Refinaria Abreu e Lima em Pernambuco. Graça Fortes, ex-presidenta da empresa, também.

Mas você precisa ter acuidade visual e interesse para encontrar a notícia na busca do pai Google. O que vem primeiro é a acusação, a denúncia, ora rechaçada.

É assim que a banda toca.

3) O Ministério Público do Rio de Janeiro, finalmente, denunciou à Justiça o senador-filho do capiroto, o número 1, no escândalo da rachadinha.

Fabrício Queiróz, assessor que depositou 89 mil na conta da primeira dama e outras 15 pessoas também foram denunciadas.

Dentre os crimes apontados: organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e apropriação indébita.

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Fontes citadas:

Jornal GGN:

BBC Brasil: 

TSE:

Seu Dinheiro:

 

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